Políciais do 31º Batalhão de Polícia do Rio de Janeiro prenderam às 15h21 desta quinta-feira o médico Denis César Barros Furtado, o "Dr. Bumbum", conhecido como 'Dr. Bumbum'. Ele foi preso em um centro empresarial da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, acompanhado da mãe, também médica, Maria de Fátima Barros Furtado, que foi presa.
Denis é acusado da morte da bancária Lilian Calixto, de 46 anos, no útlimo domingo. Ela teve complicações e foi encaminhada pelo próprio médico para um hospital particular, onde chegou lúcida, mas com taquicardia, sudorese intensa e hipotensão (pressão inferior à normal).
DISQUE-DENÚNCIA A central de atendimentos do Disque-Denúncia do Rio informou que já recebeu 21 informações sobre o médico, de 45 anos, e sua mãe, Maria de Fátima Barros Furtado, de 66.
Mãe e filho são investigados pela morte da bancária Lilian Calixto, de 46 anos. Ela se submeteu a um procedimento estético no apartamento do "Dr. Bumbum", na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, no sábado, 14.
O Disque-Denúncia oferece recompensa de R$ 1 mil por informações que levem a polícia ao "Dr. Bumbum" e a sua mãe. Os dois foram indiciados pela Polícia.
A bancária passou mal após realizar procedimento para preenchimento de glúteos. Lilian saiu de Cuiabá, onde morava, para fazer o tratamento com o médico.
Após a intervenção, a bancária passou mal e teve complicações. Ela foi levada pelo próprio médico, pela mãe, pela técnica de enfermagem Rosilane Silva e pela secretária Renata Cirne - suposta namorada do "Dr. Bumbum" - ao Hospital Barra D’Or, onde chegou em estado considerado extremamente grave pelos médicos.
Mesmo após manobras de recuperação, não foi possível reverter o quadro de Lilian. A bancária morreu na madrugada de domingo, 15.
Como ligar para o disque-denúncia
Informações sobre a localização do médico e de sua mãe podem ser repassadas ao Disque-Denúncia por meio dos telefones 21-2253-1177 e 0300-253-1177 (custo de ligação local) e também pelo aplicativo Disque Denúncia RJ, disponível para celulares com sistema operacional Android ou IOS. O anonimato é garantido ao denunciante.
Quem é o "Dr. Bumbum"
Antes do crime de que é acusado - homicídio com dolo eventual, por ter provocado a morte da vítima ao injetar polimetilmetacrilato, conhecido como PMMA, nos glúteos da paciente - Furtado demonstrava desembaraço na propaganda de seu trabalho. De jaleco, dirigia-se em vídeos a 655 mil seguidores no Instagram e 45 mil no Facebook. Falava de doenças, citava Sigmund Freud e Charles Chaplin e criticava os conselhos de medicina. Acusava as entidades de cerceamento de certos procedimentos que realizava.
"Médicos como eu, que buscam inovar, são tão perseguidos que pensam em desistir e deixar pra lá (as práticas de) estudar e se atualizar, e se render ao sistema (sic)", escreveu, em janeiro. "Na minha opinião, (o sistema) lucra mais com doença que com saúde, perseguindo e vetando qualquer novidade que ameace a indústria e as mentiras já impostas como fatos."