O presidente Michel Temer lamentou na noite deste domingo (2) o incêndio que atinge o Museu Nacional do Rio de Janeiro. Em nota, ele lembrou que foram “perdidos 200 anos de trabalho, pesquisa e conhecimento". Temer classificou o episódio como perda “incalculável”. O ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, classificou como “imensa tragédia”.
Michel Temer afirmou que foram perdidos anos de trabalho. “Incalculável para o Brasil a perda do acervo do Museu Nacional. Hoje é um dia trágico para a museologia de nosso país. Foram perdidos duzentos anos de trabalho, pesquisa e conhecimento”, disse. Em seguida, a nota afirma que: “O valor para nossa história não se pode mensurar, pelos danos ao prédio que abrigou a família real durante o Império. É um dia triste para todos os brasileiros”.
O ministro da Cultura lembrou que o local é vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e que reúne um “acervo fabuloso”. Em nota, Sá Leitão ressaltou que foi assinado, em junho, um contrato de patrocínio com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no valor de R$ 21,7 milhões. “Tenho procurado ajudar a instituição desde que entrei no MinC. O Instituto Brasileiro de Museus realizou diversas ações”, informa a nota.
O ministro alertou sobre a necessidade de dar mais atenção ao patrimônio nacional. “Infelizmente não foi o suficiente. Temos que cuidar muito melhor do nosso patrimônio e dos acervos dos museus. A perda é irreparável. Certamente a tragédia poderia ter sido evitada. O MinC está de luto. A cultura está de luto. O Brasil está de luto. É vital refazer o Museu Nacional, revendo também seu modelo de gestão. E investir agora para que isso não aconteça nos demais museus públicos e privados.”
Por fim, Sá Leitão lamenta que "aparentemente vai restar pouco ou nada do prédio e do acervo exposto. A reserva técnica não foi atingida. É preciso descobrir a causa e apurar a responsabilidade”.
Recuperação do patrimônio
O Ministério da Educação (MEC) lamentou em nota o incêndio. Segundo o documento divulgado pela pasta, o MEC "não medirá esforços para auxiliar" a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) "no que for necessário para a recuperação desse nosso patrimônio histórico". O Ministério também lembra que, criado por Dom João VI, o museu completa 200 anos em 2018. O espaço é especializado em história natural e mais antigo centro de ciência do País.O incêndio
Um incêndio de proporções ainda incalculáveis atingiu, no começo da noite deste domingo (2), o Museu Nacional do Rio de Janeiro. O prédio histórico de dois séculos foi residência da família real brasileira e tem um dos acervos mais importantes do país – são cerca de 20 milhões de peças.O Corpo de Bombeiros do Rio foi acionado às 19h30. Homens de quatro quartéis trabalham no local, que fica dentro do parque nacional da Quinta da Boa Vista. O prédio tem três andares, é ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o fogo toma de conta de boa parte da construção. Uma equipe da Defesa Civil avalia o risco de desabamento do edifício.