A Hydro Alunorte informou na manhã desta quarta-feira, 3, que paralisou totalmente suas atividades de bauxita no Pará. A empresa vinha atuando com 50% de sua capacidade desde que foi denunciada por despejar rejeitos de forma irregular em rios e igarapés dos municípios de Barcarena e Paragominas para diminuir a pressão e o volume em sua principal bacia de rejeitos durante um período de fortes chuvas. O caso ocorreu em fevereiro.
Em comunicado, a empresa atribuiu a decisão ao embargo que a impede de utilizar uma segunda área de depósito de resíduos de bauxita (DRS2), que estava em comissionamento em fevereiro, e um novo sistema de filtro prensa. Com isso, a área de depósito de resíduos 1 (DRS1) estaria próxima de atingir sua capacidade máxima.
A decisão impactará os empregos diretos e indiretos das operações da Alunorte e da Mineração Paragominas. A empresa diz estar trabalhando em conjunto com os sindicatos para minimizar o impacto da nova decisão, mas não informa quantas vagas serão fechadas. A refinaria e a mineradora já concederam férias coletivas para cerca de mil empregados para mitigar os impactos da redução das atividades.
No comunicado, o vice-presidente executivo de Bauxita & Alumina da Hydro, John Thuestad, afirma que continuará trabalhando com as autoridades para suspender o embargo e retomar as operações, a fim de restabelecer a Alunorte como a maior refinaria de alumina.
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