O governo do Pará enviou uma equipe técnica da Secretaria de Meio Ambiente para Barcarena para fazer uma inspeção na única unidade de depósito de resíduos de bauxita (DRS1) da Hydro Alunorte em operação. Em comunicado distribuído na noite da quarta-feira, 3, as autoridades estaduais informaram que emitiram uma licença provisória para a instalação do novo sistema de filtro prensa, que poderia prolongar a vida útil do DRS1.
"O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) entendeu que, para utilizar esta tecnologia, a empresa precisaria de uma licença específica", disse o secretário estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Thales Belo.
O governador Simão Jatene se reuniu na quarta com os executivos da empresa. Ele questionou a demora da companhia para informar o governo da decisão. De acordo com comunicado distribuído quarta à noite, os executivos explicaram, na sexta-feira, ao governo que a Alunorte recebeu informações preliminares de uma consultoria de que haveria probabilidade de rompimento da barragem do depósito DRS1, caso os rejeitos continuassem sendo despejados no local.
De acordo com o governo estadual, a equipe irá avaliar tecnicamente o motivo da paralisação, porque, de acordo com o último laudo apresentado pela empresa, a capacidade do depósito DRS1 só seria atingida em maio de 2019. "Já enviamos uma equipe do Estado para atuar com a demanda, desde a parte da segurança das barragens até a questão do empreendimento, do exercício das atividades", informou o secretário Thales Belo.
A Hydro anunciou quarta a paralisação de suas atividades de extração de bauxita e produção de alumina no Pará. A empresa já operava com 50% de sua capacidade desde que foi denunciada por despejar rejeitos de forma irregular em rios e igarapés dos municípios de Barcarena e Paragominas. Sem um acordo para retomar plenamente suas atividades, decidiu interromper a produção. Não há previsão para retorno.
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