Uma testemunha informou nesta terça-feira, 13, à Polícia Civil do Paraná que o empresário Edison Brittes, assassino confesso do jogador Daniel Freitas, obrigou convidados da festa que ocorria na sua casa a limparem manchas de sangue deixadas pela agressão contra a vítima, que morreria horas depois. O atleta foi morto no dia 27, após ser espancado e ter o pênis cortado.
O depoimento é de Evellyn Perusso, de 19 anos. Segundo ela, o colchão do casal Brittes foi cortado na parte em que havia sangue e o tecido foi queimado junto com os documentos do atleta. Ao confessar, o empresário alegou ter flagrado o atleta tentando estuprar sua mulher. A polícia contesta essa versão, por acreditar que Daniel estava bêbado demais para o ataque sexual na noite do crime.
Evellyn era amiga de Allana Brittes, filha do empresário, que está presa. Daniel tinha ido à casa da família para comemorar o aniversário de 18 anos de Allana. Evellyn chegou a trocar beijos com o atleta durante a festa.
De acordo com a testemunha, mesmo depois de as agressões ao jogador continuarem, o empresário disse que "não era para pedir ajuda de ninguém, que ele estava na casa dele". A mulher de Brittes, Cristiana, interveio em favor do atleta, segundo o depoimento, mas recebeu nova bronca do marido, que a questionou: "Está defendendo esse vagabundo?".
Evellyn ainda comentou que "em momento algum Cristiana relatou abuso sexual ou estupro por parte de Daniel".
Suspeitos
Há seis presos por suspeita de envolvimento com o crime - Brittes, a mulher, a filha e três homens que entraram no carro do empresário para levar o jogador até o matagal, onde seu cadáver foi achado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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