O médium João de Deus se entregou à polícia na tarde deste domingo (16/12), informou ao Correio o advogado Alberto Toron, que faz a defesa do religioso. João de Deus se apresentou ao delegado-geral de Goiás, em Abadiânia.
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Senadora quer que crime de estupro seja imprescritível após caso João de DeusAbadiânia tem dia calmo e moradores receiam falar; João de Deus segue foragidoJoão de Deus é considerado foragido da Justiça e entra na lista da InterpolJoão de Deus retira R$ 35 milhões de contas bancáriasDefesa diz que João de Deus só 'baixou aplicações de R$ 35 mi', mas não ia fugirPreso em Abadiânia, João de Deus deve ser levado a Goiânia para depoimentoPelo menos 30 vítimas foram ouvidas pelos procuradores que atuam no caso. Além de ser apontado como autor dos abusos por mulheres de 13 estados e do Distrito Federal, também ocorreram denúncias contra ele na Alemanha, Suíça, e outras nações.
No sábado, investigadores reveleram que João de Deus retirou R$ 35 milhões de contas bancárias na quarta-feira (12/12).
Apesar de toda a polêmica envolvendo o líder espiritual, a Casa Dom Inácio de Loyola, onde João de Deus fazia os atendimentos normalmente, permaneceu aberta até o horário do almoço e encerrou as atividades em seguida.
Durante a manhã, aproximadamente uma dezena de pessoas permanecia no local, a maioria estrangeiros, vestidos de branco. Enquanto alguns faziam orações, outros permaneciam em locais de meditação da Casa.
Quem circula pela cidade encontra poucos pontos de comércio abertos e moradores receosos de falar sobre as denúncias que pesam contra João de Deus. Em condição de anonimato, algumas pessoas arriscam opinar sobre o assunto. Dizem, por exemplo, que o médium não era "flor que se cheire", mas evitam as entrevistas.
Além disso, costumam mostrar preocupação sobre como a prisão dele deve afetar a economia do município. (Colaborou Renan Truffi, enviado especial)
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