Nem mesmo a repercussão nacional sobre a agressão de dois adultos contra uma criança de 6 anos na Octogonal intimidou a ação de um homem, no Setor Bueno, em Goiânia (GO). O caso aconteceu nessa segunda-feira (17/12), uma semana depois do caso registrado no DF. José Roberto Furlanetto de Abreu Júnior foi detido após agredir duas crianças, uma verbalmente e a outra, fisicamente.
Câmeras de seguranças flagraram toda a ação. Assim como na Octogonal, a situação aconteceu na quadra de esporte de um condomínio. Nas imagens é possível ver José Roberto jogando bola com uma criança. Quando o homem fica distante e encosta-se no gol da quadra, surge a primeira vítima, de 5 anos, que chuta a bola.
Imediatamente, o homem se levanta e intimida a criança, a encurralando no canto da quadra. Em seguida, ele pega o menino de maneira bruta pelos braços e o arremessa no chão, no meio da quadra. O agressor ainda fala com alguém, que não aparece nas imagens, tentando justificar as agressões.
O acusado vai em outra direção e discutir com alguém, que não aparece nas filmagens. No boletim de ocorrência, há a acusação de uma mãe que diz que Furlanetto agrediu verbalmente a filha dela, de 6 anos. Junto da mãe do menino agredido, ela acionou a Polícia Militar de Goiás, que prendeu o homem.
Ele foi encaminhado à Central de Flagrante e liberado após um Termo Circunstancial de Ocorrência (TCO) ser feito. O homem responderá por lesão corporal e será investigado pela Delegacia da Criança e do Adolescente. No entanto, o Correio apurou que o caso não tinha sido encaminhado à unidade até a manhã desta terça-feira (18/12).
Caso Octogonal
Em 9 de novembro, crianças jogavam bola na quadra esportiva localizada no meio do condomínio na Octogonal. Imagens das câmeras de segurança mostram que o filho de um casal tropeçou sozinho, caiu e bateu a boca no chão, enquanto brincava com outro menino. O garoto sai da quadra e volta, minutos depois, acompanhado pelo pai.
Nervoso, o homem segura a criança, de 6 anos, e manda que o filho, da mesma idade, bata no rosto do colega. Logo depois, a mãe, também alterada, chega ao local e empurra o menino agredido, que cai no chão. As outras crianças que estavam na quadra ficaram assustadas. É possível ver algumas delas chorando nas imagens.
O casal de agressores não mora no condomínio. Eles passavam o dia na casa dos avós maternos da criança e desceram, depois ver o filho com os ferimentos na boca. Eles acreditavam que a criança havia sido agredida pelo colega. Por meio de nota, o advogado do casal afirmou que os clientes estão arrependidos.
O menino que sofreu a agressão também não mora no condomínio.
(Por Philipe Santos, estagiário sob supervisão de Anderson Costolli).