A Divisão de Homicídios da Polícia Civil fluminense informou nesta quarta-feira, 16, ter descartado a hipótese de a deputada estadual Martha Rocha (PDT) ter sido alvo de um atentado no último domingo, 13. O carro em que ela estava, um Toyota Corolla branco blindado, foi perseguido por homens armados em outro veículo e alvejado. Os criminosos conseguiram fugir. O motorista se feriu, mas passa bem.
"A Polícia Civil do Rio de Janeiro não tem nenhuma dúvida de que não se trata de uma tentativa de homicídio o fato envolvendo a deputada Martha Rocha. Nós estamos, claramente, sem nenhuma dúvida neste momento, afirmando que foi uma tentativa de latrocínio", afirmou nesta quarta-feira o delegado Giniton Lages, titular da Divisão de Homicídios do Rio.
Os criminosos ainda não foram identificados. Segundo Lages, havia pelo menos três pessoas no veículo que abordou o carro onde a deputada estava. Dois dos criminosos atiraram.
Leia Mais
Governador do Rio determina escolta para deputada Martha RochaMP do Rio divulga nota sobre atentado sofrido pela deputada Martha Rocha (PDT)Carro de deputada Martha Rocha (PDT) é alvo de tiros"Um deles usando um fuzil (calibre) 5.56, possivelmente um M-16, ao lado do motorista, e outro (usando) uma pistola calibre Ponto 40, que é o atirador que estava no banco traseiro", afirmou o delegado. "Nenhum disparo de pistola atingiu o veículo.
A suspeita de tentativa de homicídio foi cogitada tanto pela ação em si como porque, em novembro, a deputada de 59 anos soube que milicianos planejavam matá-la.
"Recebi uma notícia do Disque Denúncia, precisamente três, de uma ameaça dirigida a mim. Um segmento da milícia planejava atingir algumas autoridades, e o meu nome vinha especificado nesse Disque Denúncia", contou. Por causa das ameaças, ela comprou um carro blindado.
Segundo o delegado, a investigação indica que os criminosos não queriam matar a deputada, mas sim roubar o carro em que ela estava. Como o motorista fugiu, o carro foi alvo dos tiros - o caso seria uma tentativa de latrocínio, portanto, afirma Lages.
A deputada afirmou nesta quarta-feira que a investigação está sendo "minuciosa" e que "tem certeza de que os criminosos serão identificados".
Quando foi atacada, Martha Rocha tinha ido à Penha, na zona norte, para buscar a mãe e seguia para uma igreja, onde acompanhariam uma missa.