Jornal Estado de Minas

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Riotur pede segurança reforçada após confusão em bloco no Rio

Após uma confusão antecipar o encerramento do bloco Fervo da Lud, comandando pela cantora de funk Ludmilla nesta terça-feira, 5, a Riotur afirmou que solicitou ao governador Wilson Witzel (PSC) reforço do policiamento para acompanhar os desfiles dos demais blocos que saem pelas ruas do Rio nesta noite e nos próximos dias.

Um homem foi preso, três policiais ficaram feridos e pelo menos 229 pessoas receberam atendimento médico. Em nota, o órgão de promoção do turismo da Prefeitura do Rio informou que dois postos médicos municipais instalados no Centro atenderam 217 foliões. "A maioria dos pacientes apresentava cortes ou traumas diversos, intoxicação por álcool/drogas ou gás", diz uma nota divulgada pela Riotur. Além disso, outras 12 pessoas procuraram diretamente o Hospital Municipal Souza Aguiar, que também fica no Centro.

"O esquema de policiamento segue reforçado durante o carnaval e nos locais de desfile dos maiores blocos. Centenas de blocos já desfilaram pelas ruas do Rio de Janeiro sem causar problemas aos foliões", diz nota divulgada pela assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar.

O caso

Os policiais usaram bombas de gás lacrimogêneo, o que provocou correria do público pelas ruas transversais à Avenida Antonio Carlos, onde ocorria o desfile. O tumulto aconteceu minutos depois que a cantora havia comemorado, ao microfone, que o bloco seguia sem tumulto.

Por conta da confusão, a PM pediu que o bloco interrompesse a música. Neste momento, o DJ Renan da Penha, convidado da cantora, se apresentava em cima do carro de som.

Mesmo sem música, outros focos de briga estouraram no público e a polícia lançou mais bombas de gás.

O bloco de Ludmilla teve como tema este ano o Egito. Em outros anos, o desfiles reuniu em torno de 1 milhão de pessoas. A Riotur ainda não estimou o público presente ao desfile deste ano.

Nas redes sociais, Ludmilla lamentou o episódio. "O carnaval é tempo de festa, alegria, união e também de doação de amor ao próximo, um momento de respiro para um povo que batalha o ano todo para alcançar seus objetivos. Há 2 anos criei o Fervo da Lud com isso em mente: levar alegria e diversão ao maior nº de pessoas. E hoje, lamentavelmente, isso não foi possível. Fomos interrompidos e estou profundamente triste por ter presenciado tamanha agressividade ao próximo", escreveu a cantora.


A PM informou que "houve um tumulto" e policiais agiram "para controlar a multidão"..