Seis turistas brasileiros morreram nesta quarta-feira em um apartamento de Santiago após terem inalado gás, supostamente monóxido de carbono, informou o comandante da polícia da capital chilena. Eles estavam de férias e tinham alugado um apartamento no Centro da cidade, onde sentiram um mal-estar físico, o que os levou a pedir ajuda ao cônsul brasileiro, que se dirigiu ao local, acompanhado de policiais.
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Governo paraguaio expulsa mais dois brasileiros ligados ao PCCContra xenofobia, estudantes brasileiros em Portugal distribuem flores e poesiasBrasileiros denunciam xenofobia na Universidade de LisboaApartamento onde brasileiros morreram intoxicados no Chile foi alugado pela AirbnbO Corpo de Bombeiros procedeu à evacuação imediata do edifício. Depois, foram feitas medições no apartamento, onde se descobriram altas concentrações de monóxido de carbono, gás que não tem cheiro e cuja inalação provoca a morte.
Os seis turistas brasileiros estavam no Chile há uma semana e o apartamento foi alugado por meio de um aplicativo na internet. Quando a polícia entrou no local, notou que todas as janelas estavam fechadas, o que teria provocado a grande concentração do gás, explicou Soto. O clima na capital chilena nos últimos dias tem sido de forte frio, com a temperatura ontem chegando a 12°C nos termômetros e sensação próxima de 10°C no fim da tarde.
Os policiais isolaram as ruas vizinhas ao prédio e iniciaram uma investigação para confirmar as causas das mortes dos turistas, enquanto os bombeiros faziam buscas até o fim da noite desta quarta-feira por possíveis vazamentos de gás no local.
Nos últimos 20 anos aumentou o número de estrangeiros de várias nacionalidades morando em apartamento nas altas torres residenciais do Centro da capital chilena. Muitos imóveis, porém, têm condições precária de conservação pois é permitido morar mais de uma família num mesmo imóvel.
Confira a nota divulgada pelo Itamaraty:
"O Ministério das Relações Exteriores (MRE), por meio do Consulado-Geral do Brasil em Santiago, acompanha o caso dos brasileiros mortos nessa cidade e mantém contato com os familiares, prestando-lhes a assistência consular cabível, bem como com as autoridades locais que investigam as circunstâncias do ocorrido.
Quanto ao traslado dos corpos, informamos que não há previsão legal para o pagamento desse procedimento pelo Governo Federal. Quando um cidadão brasileiro falece no exterior e sua família opta por trazer seus restos mortais ao Brasil, os Consulados brasileiros sempre procuram apoiar, mediante expedição de documentos (atestado de óbito, por exemplo); orientação à família; e, eventualmente, contato com autoridades locais para tentar agilizar os trâmites.
Não cabe ao MRE informar, sem que a família assim tenha solicitado de maneira expressa, a data prevista para a chegada dos corpos ao Brasil.
Em atenção à Lei de Acesso à Informação e em respeito à privacidade dos cidadãos brasileiros, esta assessoria de imprensa não pode fornecer informações de cunho pessoal sobre o caso."
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