Uma adolescente de 16 anos que desapareceu na tarde de domingo, 9, foi morta por enforcamento, teve o corpo esquartejado e os pedaços espalhados em vários locais da cidade, em Araraquara, no interior de São Paulo. O suspeito do crime, um adolescente de 17 anos, foi detido e confessou o assassinato.
Ele disse ter agido sozinho, quando a mãe dele saiu para ir à igreja e o deixou a sós com a garota, em sua casa. A adolescente teria sido morta na noite de domingo, 9. Em seguida, o garoto cortou o corpo e usou sacolas de supermercado para levar as partes até os locais onde foram jogadas.
A estudante Yasmin da Silva Nery estava desaparecida desde que saiu de casa alegando que iria a um show, na unidade do Serviço Social do Comércio (Sesc), no bairro Quitandinha. De acordo com a Polícia Civil, os familiares denunciaram o desaparecimento e a investigação apurou que ela tinha sido vista com o adolescente. Abordado, ele acabou confessando que matou a jovem e, para se livrar do corpo, cortou-o em pedaços. O rapaz contou que a enforcou e esquartejou.
Parte do corpo da jovem estava na residência dele, dentro de um carrinho de lanches, no quintal.
Foi o próprio rapaz que levou a polícia aos locais onde havia deixado as partes da jovem. A motivação para o crime ainda é investigada - as versões apresentadas pelo suspeito foram contraditórias, segundo a polícia.
O pai da estudante, Waldir Nery, disse que a filha conheceu o rapaz pelas redes sociais. "Ela saiu para ir ao Sesc e não voltou. Ficamos preocupados, pois ela não ficava mais que duas horas fora de casa. Era escola, casa, escola casa, então começamos a procurar." Ele contou que chegou a ligar para o celular da filha e o rapaz atendeu, mas foi evasivo. A família decidiu procurar a polícia.
Yasmin estudava como bolsista no colégio Sapiens, escola tradicional de Araraquara, e era admirada pela inteligência e dedicação.
O suspeito do feminicídio foi apresentado à Vara da Infância e da Juventude e encaminhado para uma unidade da Fundação Casa. Aluno da Escola Estadual Bento de Abreu, ele tocava em bandas e não registrava passagens pela polícia..