Com 19 trios elétricos, participação de uma ex-Spice Girls e promessa de adotar forte discurso político, a 23.ª edição da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, considerada a maior do mundo, acontece neste domingo, 23, na Avenida Paulista. A expectativa é de reunir mais de 3 milhões de pessoas, segundo estima a Prefeitura.
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Evento em São Paulo celebra diversidade e cultura da comunidade LGBTParada LGBTI do Rio reúne 800 mil pessoas em Copacabana'Vote em ideias, não em pessoas', pede parada LGBTI no Rio de JaneiroA concentração acontece a partir das 10h, na frente do Museu de Arte de São Paulo (Masp), depois a passeata desce a Rua da Consolação até a Praça Roosevelt.
Para esta edição, a atração mais aguardada é o show da cantora Melanie C, ex-Spice Girl. Também estão confirmadas Aretuza Lovi, Gloria Groove, Iza, Lexa, Luísa Sonza e MC Pocahontas.
A apresentadora Fernanda Lima será a madrinha da festa. Já a apresentadora oficial é a Drag Queen Tchaka. Às 19 horas, um palco montado na Praça da República receberá shows.
O evento vai ser transmitido ao vivo na internet pela Associação da Parada do Orgulho LGBT (APOGLBT), responsável pela organização. No Twitter, a entidade também divulgou dicas de segurança.
Parada deve reeditar tom político
O tema deste ano é "50 anos de Stonewall - nossas conquistas, nosso orgulho de ser LGBT%2b". Ele relembra a série de manifestações da comunidade LGBT contra batidas violentas da polícia de Nova York em um bar, o Stonewall Inn, no fim da década de 1960.
"É um marco importante na luta dos direitos LGBTs do mundo todo", afirma a presidente da APOGLBT, Claudia Regina, em nota divulgada no site.
Neste mês, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu criminalizar homofobia e transfobia - uma reivindicação histórica da Parada LGBT. Criticado por movimentos LGBT, o presidente Jair Bolsonaro questionou na ocasião se "não está na hora de um evangélico no Supremo" e que decisão foi "completamente equivocada". Na quinta-feira, 20, o presidente participou da Marcha para Jesus, na zona norte de São Paulo.
Como é a primeira Parada do Orgulho LGBT realizada durante o governo Bolsonaro, há expectativa de que participantes do evento façam protesto contra o presidente.
Em edições anteriores, a Parada já adotou tom político. Em 2018, ano eleitoral, o tema foi a "importância do voto". Em 2017, a passeata aconteceu aos gritos de "Fora, Temer" e pedidos de "eleição direta".
Vaiado no ano passado, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), confirmou presença nesta edição. Já o governador João Doria (PSDB) não informou sua agenda para este domingo no site oficial do Estado..