Agentes da 5ª Delegacia de Polícia, em Brasília, prenderam oito integrantes de uma quadrilha composta por travestis e homossexuais. O grupo é especializado em extorquir pessoas do público LGBT em Brasília, Goiás, Ceará e São Paulo. Os criminosos filmavam encontros sexuais com as vítimas e, depois, ameaçavam mostrar as imagens para familiares próximos delas.
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Com Daniela Mercury, Câmara celebra 50 anos de evento pelos direitos LGBT'Luta que não tem fim por dignidade básica', diz Fernanda Lima na Parada LGBTCrítica a Bolsonaro dá o tom na Parada do Orgulho LGBT na PaulistaGoverno de São Paulo desiste de museu LGBT na PaulistaDurante a relação sexual, os acusados passavam a filmar o ato e, logo em seguida, saiam do esconderijo. A partir desse momento, iniciava a extorsão da vítima, obrigando-a a entregar senhas bancárias, assim como passar o cartão de crédito dela em máquinas dos suspeitos. Eles também usavam aplicativos de bancos nos celulares das vítimas para realizar empréstimos e transferências.
O grupo ameaçava publicar os vídeos e mostrar para familiares das vítimas. No entanto, mesmo quando a pessoa colaborava com o grupo, havia agressão física. A vítima era chamada de "maricona" (homossexual de idade mais avançada) e outros termos depreciativos.
Para impedir que as vítimas procurassem a polícia, os suspeitos mantinham as imagens e afirmavam que divulgariam o material. No Distrito Federal, três vítimas foram identificadas e prestaram esclarecimentos aos investigadores. Dois deles são casados e o grupo ameaçou mostrar os vídeos pornográficos às companheiras.
A investigação da 5ª DP iniciou em janeiro e, por meio das provas coletadas, conseguiu que a Justiça expedisse oitos mandados de prisão contra membros da quadrilha.