A Polícia Federal abriu inquérito para investigar o segundo-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues, preso com 39 quilos de cocaína em Sevilha, na Espanha. O militar da Força Aérea Brasileira (FAB) era comissário de bordo de uma aeronave que transportava integrantes da comitiva presidencial.Continua depois da publicidade
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Vídeo: Enquanto fuma, militar chama FAB de ''Força Aérea da Biqueira''Bolsonaro sobre sargento da FAB preso na Espanha: 'Pena que não foi na Indonésia'Cocaína encontrada com sargento da FAB é avaliada em R$ 5,6 milhões, diz El PaísDefesa pede ao Tribunal Militar habeas para sargento da FAB preso com cocaínaO militar está preso na Espanha. Ele pode ser deportado para julgamento no Brasil. A investigação da Polícia Federal corre em segredo de Justiça.
Perfil discreto
A reportagem teve acesso, por meio de uma fonte, a mensagens de grupos do aplicativo WhatsApp do condomínio onde Manoel mora, em Taguatinga. Ele também estava nestes grupos até o dia que foi preso. "O que mais me aborrece é saber que o condomínio vai continuar sem receber as taxas dele. Já não pagava quando estava solto, imagina agora", comentou um vizinho logo após a prisão do segundo sargento. Entre os vizinhos, muitos são militares, e nos grupos fizeram críticas a cobertura do caso, afirmando que o fato está sendo usado para denegrir a imagem do governo do presidente Jair Bolsonaro.
Os moradores do local apontam que Manoel tinha um perfil discreto, recebia poucas visitas. Mas que sempre estava ativo em reuniões e debates sobre assuntos do condomínio, embora tivesse dificuldades para pagar taxas e a mensalidade do imóvel que adquiriu. O local tem apartamentos a baixo preço, custando de R$ 150 mil a 300 mil. Além de piscina, quadra de esportes, sala de jogos, academia, sala de estudos e sauna, o condomínio tem amplo espaço de lazer.
Câmaras estão espalhadas em praticamente toda a área de espaço compartilhado entre os imóveis, o que deve facilitar a investigação da PF.
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