Ambientalistas criticam a possibilidade do presidente Jair Bolsonaro extinguir a cobrança do ingresso para visitar o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, realizada desde 2012.
Para eles, a isenção do valor do ingresso de R$ 106 para turistas brasileiros e R$ 212 para estrangeiros inviabiliza a visitação em Fernando de Noronha.
Além do ingresso para visitar o parque, os turistas que vão a Noronha são obrigados a pagar uma taxa de preservação que varia de acordo com a quantidade de diárias na ilha. Ela começa em R$ 73,52.
Em postagem no Facebook no fim de semana, Bolsonaro classificou a cobrança como "roubo praticado pelo Governo Federal", prometeu rever a situação e pediu que a população denuncie práticas semelhantes em outros locais.
De acordo com Claudio Maretti, vice-presidente da Comissão Mundial de Áreas Protegidas, com o fim da cobrança do ingresso a qualidade de Fernando de Noronha vai cair.
"Fernando de Noronha é um arquipélago com fragilidades muito sérias e um turismo maior vai prejudicar o local. A visitação tem que ser limitada. A concessão à iniciativa privada permite ter estrutura de apoio com muito mais qualidade do que a precária qualidade com orçamento enxuto", disse Maretti.
A diretora Executiva da Rede Nacional Pró Unidades de Conservação, Angela Kuczach, acredita que a cobrança da taxa não impacta negativamente o turismo na região.
"Uma pessoa não vai deixar de ir até Fernando de Noronha porque ela tem que pagar R$106 de ingresso para entrar no parque. Ao contrário, o fato de você ir até lá, ter acessos de boa qualidade, ter trilhas bem manejadas, ter estrutura, acessibilidade, tudo isso é resultado da concessão. O que melhora o turismo é o serviço de qualidade e a segurança", explicou Ângela.
Para o professor do Instituto Oceanográfico da USP e responsável pela Cátedra Unesco para Sustentabilidade dos Oceanos, Alexander Turra, a possível isenção da cobrança de ingresso é uma medida imediatista do governo.
"Em um primeiro momento, [a extinção da taxa] pode parecer que traz benefícios, mas a longo prazo traz degradação ao ambiente. A cobrança de taxa é feita para que se tenha uma estrutura apropriada, para que o turismo seja feito de forma qualificada. Esse é o princípio", disse.
De acordo com Turra, o ambiente não suporta mais gente. "A ideia é trabalhar a visitação em função da capacidade de carga (coleta e tratamento de esgoto, coleta de água, coleta de lixo, hospital etc). Tem uma lógica e não se pode romper isso", explicou.
Para eles, a isenção do valor do ingresso de R$ 106 para turistas brasileiros e R$ 212 para estrangeiros inviabiliza a visitação em Fernando de Noronha.
Além do ingresso para visitar o parque, os turistas que vão a Noronha são obrigados a pagar uma taxa de preservação que varia de acordo com a quantidade de diárias na ilha. Ela começa em R$ 73,52.
Em postagem no Facebook no fim de semana, Bolsonaro classificou a cobrança como "roubo praticado pelo Governo Federal", prometeu rever a situação e pediu que a população denuncie práticas semelhantes em outros locais.
De acordo com Claudio Maretti, vice-presidente da Comissão Mundial de Áreas Protegidas, com o fim da cobrança do ingresso a qualidade de Fernando de Noronha vai cair.
"Fernando de Noronha é um arquipélago com fragilidades muito sérias e um turismo maior vai prejudicar o local. A visitação tem que ser limitada. A concessão à iniciativa privada permite ter estrutura de apoio com muito mais qualidade do que a precária qualidade com orçamento enxuto", disse Maretti.
A diretora Executiva da Rede Nacional Pró Unidades de Conservação, Angela Kuczach, acredita que a cobrança da taxa não impacta negativamente o turismo na região.
"Uma pessoa não vai deixar de ir até Fernando de Noronha porque ela tem que pagar R$106 de ingresso para entrar no parque. Ao contrário, o fato de você ir até lá, ter acessos de boa qualidade, ter trilhas bem manejadas, ter estrutura, acessibilidade, tudo isso é resultado da concessão. O que melhora o turismo é o serviço de qualidade e a segurança", explicou Ângela.
Para o professor do Instituto Oceanográfico da USP e responsável pela Cátedra Unesco para Sustentabilidade dos Oceanos, Alexander Turra, a possível isenção da cobrança de ingresso é uma medida imediatista do governo.
"Em um primeiro momento, [a extinção da taxa] pode parecer que traz benefícios, mas a longo prazo traz degradação ao ambiente. A cobrança de taxa é feita para que se tenha uma estrutura apropriada, para que o turismo seja feito de forma qualificada. Esse é o princípio", disse.
De acordo com Turra, o ambiente não suporta mais gente. "A ideia é trabalhar a visitação em função da capacidade de carga (coleta e tratamento de esgoto, coleta de água, coleta de lixo, hospital etc). Tem uma lógica e não se pode romper isso", explicou.