A Caixa Econômica Federal pode anunciar novos preços das loterias nos próximos dias, com reajustes que chegam a 67%. O custo para jogos da Mega Sena, por exemplo, passaria de R$ 3,50 para R$ 4,50 — alta de 29%. De acordo com cálculos de analistas da Ativa Investimentos, o impacto na inflação pode ser de 0,13 ponto percentual.
No Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o subitem “jogos de azar” deve subir 30%, segundo as estimativas. Ainda não está definido quando será o início da cobrança dos novos valores, mas a expectativa é de que inicie em agosto.
A Lotofácil, que é uma das mais jogadas pelos apostadores, poderá ter um custo 25% maior. Os jogos Loteca e Lotogol devem ter incremento de 50% no valor. A Lotomania será a modalidade que mais vai encarecer: 67%.
Veja como fica:
Mega Sena (de R$ 3,50 para R$ 4,50)
Lotofácil (de R$ 2,00 para R$ 2,50)
Quina (de R$ 1,50 para R$ 2,00)
Lotomania (de R$ 1,50 para R$ 2,50)
Timemania (de R$ 2,00 para R$ 3,00)
Dupla Sena (de R$ 2,00 para R$ 2,50
Loteca (de R$ 2,00 para R$ 3,00)
Lotogol (de R$ 1 para R$ 1,50)
A Caixa informou que a análise de viabilidade de reajuste nos valores das modalidades lotéricas existentes é competência do Ministério da Economia e, em caso de autorização daquele órgão, caberá ao banco implementar a atualização dos preços das apostas.
De acordo com o Ministério da Economia, houve, de fato, um pedido de reajuste dos preços lotéricos, que está sendo avaliado pela Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria (Secap). A solicitação do aumento foi submetido a estudo de viabilidade econômico-financeira que ainda não foi concluído.
“Preliminarmente, a secretaria avalia duas situações decorrentes da proposta da Caixa: a primeira refere-se ao impacto no IPCA, dado que os produtos lotéricos fazem parte da cesta de bens do índice. Em segundo, eventual reajuste de preço em vista de seu atual patamar — hoje em fase de avaliação — poderia resultar em uma queda no número de apostas em percentual superior ao do incremento daquele acarretando a diminuição de receita dos jogos”, comunicou o ministério.
De acordo com a pasta, se ocorresse uma queda no número de apostas, haveria efeitos negativos sobre a parcela destinada a fins sociais beneficiados pelas receitas das lotéricas, como saúde, educação, segurança pública e esportes, por exemplo.