O ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) disse à reportagem do Estadão que seu compromisso com o presidente Jair Bolsonaro é endurecer o combate ao crime. Nas últimas semanas, a Polícia Federal, braço do Ministério de Moro, tem atacado intensamente o coração financeiro de organizações e facções violentas, como o PCC. Essa ofensiva permitiu a descoberta de diálogos entre lideranças do crime organizado com ameaças ao ministro.
Moro não se mostra acuado. "Tudo tem um preço", ele disse.
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Como a PF 'arrombou os cofres' de organização criminosa integrada por presosPF prende 34 em operação mirando núcleo do PCC'PT tinha diálogo com nois cabuloso', diz líder de facção criminosa em mensagensDeltan Dallagnol deve ser punido a partir de terça por conteúdo de conversas vazadas Conheça sete direitos que todo pai deveria saberOs grampos que citam Moro estão nos autos da Operação Cravada, deflagrada pela PF na quarta, 7 - os agentes saíram às ruas em sete Estados para cumprir 30 mandados de prisão e bloquear 400 contas do PCC.
"O PT tinha diálogo com nóis cabuloso… é que esse Moro aí mano, esse cara é um filha da puta', disse no celular Alessandro Roberto Pereira, o 'Elias' ou 'Veio', segundo a Operação Cravada.
Ao Estadão, Moro declarou. "O compromisso assumido com o presidente Bolsonaro foi sermos firmes contra corrupção, crime organizado e crimes violentos. Essa foi a orientação feita à Polícia Federal que tem o mérito pelas recentes operações."
O ministro disse, ainda. "Precisamos avançar mais, porém com medidas executivas e também legislativas, como o projeto anticrime."
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Entre os presos, está Alexsandro Roberto Pereira, conhecido como 'Elias' ou 'veio'.
De acordo com as investigações, ele atua como 'Resumo da Rifa', e é responsável por 'posição na hierarquia da organização criminosa e também possui poder de decisão e mando sobre os demais integrantes'.
"Das investigações foi possível desvelar que o noticiado possui a função de controlar as contas bancárias, utilizadas pela organização para movimentar dinheiro de suas atividades ilícitas, principalmente, o tráfico de drogas". Ele é um dos homens de 'relevante função, bem como poder e comando' do PCC, que foram transferidos para presídios federais, segundo decisão judicial que deflagrou a Cravada.
Em diálogos com outros líderes do núcleo financeiro da facção, ele critica o ministro da Justiça Sérgio Moro: "Com nois já não tem diálogo, não, mano.
Também menciona um partido político. "Ele começou a atrasar quando foi pra cima do PT. Pra você ver, o PT com nois tinha diálogo. O PT tinha diálogo com nois cabuloso, mano, porque… situação que nem dá pra nois ficar conversado a caminhada aqui pelo telefone, mano.
E ainda menciona o Estado de São Paulo como núcleo do tráfico de drogas. "Os cara sabe os tabuleiro que é de dentro de São Paulo, do Progresso. Os Estado têm o tabuleiro que anda, mano"..