Cassio Luiz Jesus Sena, de 20 anos, Jonas Pedro Gildo dos Santos, de 18 anos, e Lais Moreira Barbosa, de 26 anos, foram detidos por suspeita de participação no crime, que é investigado no 51º DP (Butantã). A república é próxima da Cidade Universitária, principal câmpus da Universidade de São Paulo (USP), mas a vítima não era aluna da instituição.
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Polícia prende 'Bonde de Jesus' que atacava terreiros de umbanda e candombléCasal é morto a tiros por criminosos em tentativa de assalto em SPOs sequestradores utilizaram o cartão da vítima para gastar cerca de R$ 2 mil em compras, enquanto o veículo era guiado pela mulher. A jornalistas, a vítima relatou ter sido agredida com chutes e golpes na cabeça. "Foi um coisa de louco."
Ele descreve, ainda, que os três envolvidos aparentavam ter usado substâncias ilícitas e que um dos rapazes e a mulher eram violentos. Nesse meio tempo, também teve o celular roubado, momento em que os criminosos encontraram fotos de armas air soft (de pressão, utilizadas em jogos), que teriam sido confundidas com armas de fogo.
Mais de uma hora após o sequestro, os criminosos retornaram para a república supostamente atrás das armas.
Durante a ação, que durou cerca de 10 minutos, os criminosos teriam golpeado Daniel, que ficou ferido na cabeça, segundo testemunhas. Ele chegou a pedir ajuda a colegas, mas, depois, foi atrás dos invasores e teria tentado atacá-los com uma faca, sendo depois atingido por um tiro na cabeça já no quintal. Inicialmente, a polícia havia informado que o rapaz tinha 30 anos.
Em seguida, o trio retornou para o HB20 e teria circulado por cerca de 40 minutos até liberar o refém e, depois, colocar fogo no veículo. "Eles falavam: a culpa é sua, você vai morrer", conta.
Segundo o delegado Lupércio Dimov, titular do 51° DP (Butantã), Lais e Cassiel formavam um casal, sendo que o rapaz já tinha três passagens pelo mesmo distrito policial, por dois furtos qualificados e um roubo.
Os três envolvidos foram detidos e reconhecidos pelas vítimas. Segundo o delegado, todos serão ouvidos e, até quarta-feira, será realizada uma reconstituição do crime. Ele ressalta que um dos objetivos é entender a motivação e identificar o autor do disparo.
Segundo relatos de moradores, Daniel morava há cerca de quatro meses no local e fazia um curso na área jurídica. O analista de sistemas Thiago Peres, de 31 anos, descreve a vítima como um rapaz reservado. "Ouvi tudo (ação do trio). Eu estava agachado, com a cabeça para o chão, olhando para baixo. Quando o Daniel veio pedir ajuda, não consegui nem olhar, mas ele estava ensanguentado", lembra. "Eu não queria olhar nada, só estava orando para a gente ficar bem", conta.
Na vizinhança, o caso foi recebido com surpresa.