Uma das filhas adotivas da deputada federal Flordelis (PSD-RJ) teria afirmado que ofereceu R$ 10 mil a um irmão para que ele matasse o pai, o pastor Anderson do Carmo, segundo depoimento divulgado pelo jornal O Globo nesta terça-feira, 20. Segundo o documento, Marzy Teixeira da Silva, de 35 anos, diz à Polícia Civil que o irmão aceitou a oferta - mas horas depois ela teria desistido da ideia e avisado o rapaz que o plano não seria realizado.
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Justiça decreta prisão preventiva contra dois filhos de FlordelisMP denuncia filhos de Flordelis por matar marido da deputadaDelegada não descarta participação de Flordelis na morte do pastor Anderson CarmoAlém de Marzy, Flordelis tem outros 50 filhos adotivos e quatro biológicos. Segundo o jornal, em 24 de junho ela contou à Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) que, em conversa pelo aplicativo WhatsApp com o irmão Lucas Cezar dos Santos (também adotado pelo casal), ofereceu R$ 10 mil para que ele matasse o pai adotivo. Ela pretendia furtar essa quantia do pai.
Segundo o relato do jornal, Lucas aceitou a proposta e afirmou que cometeria o crime dentro da própria casa da família, em Pendotiba, bairro de Niterói, na região metropolitana do Rio. Marzy então teria discordado e orientou o irmão a simular um assalto e matar o pai na saída de uma igreja.
Marzy afirmou à polícia que horas depois se arrependeu e ligou para o irmão, desfazendo o acordo. Segundo O Globo, Marzy contou ainda ter informado a mãe sobre sua iniciativa. Flordelis teria dito que a filha não deveria fazer nada de que pudesse se arrepender.
A filha da parlamentar narrou ainda à polícia que o pai ficou sabendo que havia um plano para matá-lo e conversou individualmente com cada filho.
Lucas, de 18 anos, é um dos presos pelo crime. Em depoimento à polícia, ele confirmou ter recebido proposta da irmã para matar o pai, mas diz que nunca chegou a aceitá-la.
Ele foi denunciado pelo homicídio junto com Flávio dos Santos Rodrigues, de 38 anos, filho biológico de Flordelis com seu primeiro marido. Segundo a Polícia Civil e o Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ), Flávio praticou o crime, e Lucas sabia do plano e auxiliou o irmão em procedimentos preparatórios, por isso também deve responder pela conduta.
A defesa de Flávio nega que ele tenha confessado o crime, como afirma a polícia. A reportagem não localizou a defesa de Lucas..