A defesa da Amazônia levou representantes de organizações não governamentais e ativistas à Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, na tarde deste sábado (24). Com cartazes e faixas, os manifestantes pediram, entre outras coisas, ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) “mais compostura” para falar das questões ambientais e a saída do ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (Novo).
Leia Mais
Minas e outros estados vão ajudar no combate às queimadas na AmazôniaAmazônia: Há ainda muitas incertezas, incluindo efetivo e execuçãoMácron promete mobilização internacional para salvar a AmazôniaSegurando um cartaz pedindo que a Amazônia fique e Bolsonaro saia, a bióloga Carla Nogueira, de 32 anos, que atua na Associação Mineira do Meio Ambiente, disse que os esforços estão crescendo para mostrar a insatisfação com a forma com que o governo tem lidado com as questões ambientais. “A gente não tolera mais um governo que ignore a pauta ambiental. São anos de negligência e agora isso chegou a um nível astronômico”, disse.
Críticas a Bolsonaro
Os ativistas pedem o retorno das verbas de estruturação dos órgãos ambientais, o fortalecimento da fiscalização ao desmatamento e mais educação ambiental e proteção das unidades de conservação e das terras indígenas. Os protestos foram convocados diante do aumento do número de queimadas na região amazônica nos últimos dias, que chegaram a levar uma fumaça preta até São Paulo.
A voluntária do Greenpeace Raphaella Lemos, 34, disse que a instituição está apoiando os movimentos e ajudando na divulgação, mas que trata-se de um movimento da sociedade.
Para ela, houve piora ainda na gestão Bolsonaro porque a bancada ruralista ganhou mais força e houve baixas nos órgãos ambientais. “Eles precisam entender que até o agronegócio precisa dos biomas para funcionar”, critica.
Mudas de árvores
Raphaela Lemos disse não se sentir afetada pela insinuação do presidente Jair Bolsonaro, de que os “ongueiros” teriam promovido queimadas na Amazônia para prejudicar sua imagem”, já que o Greanpeace só recebe verbas de pessoas físicas. Mesmo assim, considerou um discurso “desequilibrado”.
O grupo Boi Rosado também marcou presença no protesto e distribuiu mudas de árvores na Praça da Liberdade. A voluntária Iêda Camargos Lamounier, 59, que é professora aposentada, disse esperar mais conscientização em relação ao meio ambiente.
“O planeta está no limite dos rescursos, precisamos de cuidados com as próximas gerações, o meio ambiente é uma questão de existência”, afirmou. .