Por causa das proporções gigantescas da Amazônia, o Brasil não terá condições de ter o melhor sistema de fiscalização do mundo, disse a ministra Tereza Cristina. "O Brasil está trabalhando e vai trabalhar para fazer uma fiscalização cada vez melhor. Não será a melhor do mundo pelas dimensões", disse ela em São Paulo, ao ser questionada sobre a preocupação do setor do agronegócio com as queimadas. "Olha o tamanho da Amazônia, é como se tivessem 48 países da Europa na nossa região amazônica", comentou.
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Fogo avança na Amazônia, apesar da mobilização de soldados e aviõesG7 mobiliza meios para combater os incêndios na AmazôniaBolsonaro acusa Macron de ''disfarçar suas intenções'' sobre a AmazôniaTereza Cristina afirmou que o Ministério da Agricultura deve fazer campanhas para que produtores rurais usem formas alternativas à queimada para abrir espaço no território. "Queimadas acontecem às vezes como ferramenta agrícola, principalmente por pequenos produtores rurais", afirmou.
A Nasa e o Instituto de Pesquisa Amazônica (IPAM) afirmam que o aumento nos focos de incêndio nos últimos meses está mais ligado ao desmatamento do que a atividades que não desmatam. A ministra destacou que, além do aumento da fiscalização, é preciso avançar em áreas como regularização fundiária e crédito para o produtor. "Quando não se tem o título da área, nem sequer sabemos quem responsabilizar."
Segundo a ministra, o ministro da Agricultura do Japão, Takamori Yoshikawa, com quem ela se reuniu nesta segunda-feira, não mencionou a ocorrência de queimadas no Brasil.
Perguntada sobre o anúncio de ajuda dos países do G7, feito nesta segunda-feira, ela afirmou que toda a ajuda é bem-vinda, mas que se deve analisar como utilizar os recursos. "Reflorestamento, por exemplo, não é tanto o caso para o Brasil. Temos 66% de nossa vegetação nativa preservada. Então, basta, em alguns lugares, deixar que a floresta se regenere."
Ela ressaltou que é necessário, também ajudar os moradores da região. "Vinte milhões de pessoas vivem lá.