Uma adolescente de 17 anos procurou a 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), na companhia da mãe, após reconhecer o homem que confessou ter matado a advogada Letícia Curado, 26 anos, e a auxiliar de cozinha Genir Sousa, 47. A jovem contou ter sido estuprada por Marinésio dos Santos Olinto, 41, em 1º de abril. Ela disse ainda que, após a violência sexual, ele tentou asfixiá-la.
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Ainda de acordo com o relato da mãe, ao atravessar a rua, a adolescente foi abordada por Marinésio, que estava em um Prisma vermelho, e não na Blazer cinza utilizada nos outros crimes.
Sequelas psicológicas
A mulher recorda que a filha só chegou em casa por volta das 16h. Ela chorava, mas não contou o que tinha acontecido. "Após o episódio, minha filha parou de usar maquiagem, tentou tirar a própria vida em 28 de maio e duas outras vezes, em junho e julho, quando finalmente disse o que aconteceu", disse a mãe.
Depois do crime, a adolescente faz tratamento psicológico e é acompanhada por uma equipe na escola.
A adolescente toma três remédios controlados pela manhã e três à noite. "É um desespero. Minha filha tinha uma vida normal, estudava, trabalhava, se arrumava. Depois disso ela não quer nem tomar banho. Ficou com trauma. É muito triste tudo o que aconteceu com ela", frisou.
Segundo a mãe, a adolescente tem certeza de que é Marinésio o homem que a estuprou.
Depois de ser preso e confessar os assassinatos da advogada Letícia Curado e da auxiliar de cozinha Genir Sousa, Marinésio foi apontado por quatro mulheres como o autor de ataques que elas sofreram. A primeira a acusá-lo procurou a polícia na segunda-feira (26/8) à noite. As outras três — duas irmãs, que sofreram o ataque no último sábado, um dia após a morte de Letícia — e a adolescente procuraram a polícia nesta terça.
Marinésio foi preso na últma segunda-feira, depois de a Polícia Civil do DF coletar diversas provas que o ligavam à morte de Letícia. Ele acabou confessando o crime, levou os policiais ao corpo da advogada e também revelou ter matado Genir. Ao se pronunciar sobre as mortes, Marinésio confirmou que matou as duas mulheres e não disse por que cometeu os crimes. "Quando vi, já tinha acontecido", afirmou.