A Polícia Civil vai reabrir o inquérito que apurou a morte da estudante Carolina Macedo Santos, 15 anos. De acordo com o delegado-adjunto da 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul), Éder Charneski, surgiram fortes indícios de que a adolescente tenha sido uma das vítimas de Marinésio dos Santos Olinto, 41, assassino confesso da advogada Letícia Curado, 26, e da auxiliar de cozinha Genir Pereira de Sousa, 47. Depois que o caso veio à tona, outras mulheres vítimas de violência sexual procuraram a delegacia para denunciá-lo.
O delegado contou que o padrasto de Carolina esteve na última quarta-feira (28/8) na delegacia após ver semelhança nas mortes das duas mulheres e da enteada, que foi encontrada com sinais de estrangulamento no Lago Paranoá, em 17 de maio de 2018. Marinésio é vizinho da família da adolescente e tinha o costume de dar carona para ela e a filha dele, 16, que eram amigas e estudavam na mesma escola.
Segundo a família, Carolina saiu de casa na tarde de 14 de maio de 2018 para, supostamente, encontrar uma pessoa que conheceu pela internet. Ela foi acompanhada de duas amigas até a parada de ônibus, onde foi vista pela última vez com vida. "Marinésio pode ter oferecido carona, como fez com as outras vítimas. O corpo dela foi encontrado três dias depois do desaparecimento, já estava em estado avançado de putrefação, mas o exame indicou que ela pode ter sido asfixiada.
Para ele, a vítima pode não ter sido morta onde foi encontrada, apenas o corpo ter sido jogado no Lago Paranoá. "Estamos decidindo ainda quem vai ficar à frente dessas investigações: se a 10ª DP, onde o caso da Carolina foi registrado, ou se a 31ª DP (Planaltina), que já está à frente do caso Marinésio. Eles já têm um diálogo com o suspeito, o que facilita ele confessar ou negar o crime. Caso ele negue a autoria, vamos trabalhar com outra linha de investigação, mas ao que tudo indica ele assassinou a adolescente", disse Éder.
Relembre o caso
O corpo de Carolina Macedo Santos, 15 anos, foi encontrado no Lago Paranoá em 17 de maio de 2018.
As amigas disseram à mãe da jovem, que ela tinha ficado na parada de ônibus esperando um coletivo para o Lago Sul. Ela teria marcado um encontro com outra amiga que conheceu pela internet. Sem solução, o caso foi arquivado..