O delegado contou que o padrasto de Carolina esteve na última quarta-feira (28/8) na delegacia após ver semelhança nas mortes das duas mulheres e da enteada, que foi encontrada com sinais de estrangulamento no Lago Paranoá, em 17 de maio de 2018. Marinésio é vizinho da família da adolescente e tinha o costume de dar carona para ela e a filha dele, 16, que eram amigas e estudavam na mesma escola.
Segundo a família, Carolina saiu de casa na tarde de 14 de maio de 2018 para, supostamente, encontrar uma pessoa que conheceu pela internet. Ela foi acompanhada de duas amigas até a parada de ônibus, onde foi vista pela última vez com vida. "Marinésio pode ter oferecido carona, como fez com as outras vítimas. O corpo dela foi encontrado três dias depois do desaparecimento, já estava em estado avançado de putrefação, mas o exame indicou que ela pode ter sido asfixiada. Como tudo está no padrão do modus operandi do Marinésio, tudo indica que ela foi mais uma vítima dele. Mas, somente as investigações vão dizer", afirmou o delegado.
Para ele, a vítima pode não ter sido morta onde foi encontrada, apenas o corpo ter sido jogado no Lago Paranoá. "Estamos decidindo ainda quem vai ficar à frente dessas investigações: se a 10ª DP, onde o caso da Carolina foi registrado, ou se a 31ª DP (Planaltina), que já está à frente do caso Marinésio. Eles já têm um diálogo com o suspeito, o que facilita ele confessar ou negar o crime. Caso ele negue a autoria, vamos trabalhar com outra linha de investigação, mas ao que tudo indica ele assassinou a adolescente", disse Éder.
Relembre o caso
O corpo de Carolina Macedo Santos, 15 anos, foi encontrado no Lago Paranoá em 17 de maio de 2018. Moradora do Vale do Amanhecer, em Planaltina, ela estava desaparecida desde 14 de maio do mesmo ano. À época, a mãe da adolescente, Durvalina Macedo Santos, contou que ela saiu de casa às 14h no dia do desaparecimento, com duas amigas da escola e não foi mais vista.
As amigas disseram à mãe da jovem, que ela tinha ficado na parada de ônibus esperando um coletivo para o Lago Sul. Ela teria marcado um encontro com outra amiga que conheceu pela internet. Sem solução, o caso foi arquivado.