Jornal Estado de Minas

Primeiro dia de setembro registrou quase mil focos de incêndio na Amazônia

O primeiro dia de setembro registrou 980 focos de queimadas na Amazônia, de acordo com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). O órgão divulgou o número por meio do programa Queimadas, que atualiza um boletim diariamente. No o mesmo dia do ano passado, o programa contou 880 focos de incêndio.

 

Essa diferença faz parte da tendência em 2019, que vem registrando um aumento no número de incêndios na região em relação aos últimos anos. Desde o começo do ano, 47.805 focos de queimadas foram detectados pelo sistema. Isso é quase o dobro em relaão ao mesmo período de 2018, quando 23.405 focos foram registrados.

 

Agosto acompanhou o aumento do número de queimadas em relação aos registros históricos. O mês passado terminou com um total de 30.901 focos registrados, contra 10.421 em 2018. Ou seja, um total quase três vezes maior. Foi o maior índice para o mês em nove anos.

 

Agora, a tendência é de que as quase mil queimadas já catalogadas em setembro sejam apenas o começo.

Desde que o Inpe começou a monitorar as queimadas na Amazônia, em julho de 1998, setembro quase sempre registrou um índice maior que o de agosto. Os dois meses normalmente são o auge do período de queimadas na Região Amazônica. A média para agosto, já superada nesse ano, é de 25.853 focos, contra 33.426 para setembro.

 

Mesmo com o crescimento do número de queimadas em relação aos últimos anos, o máximo de focos para agosto ficou longe de ser superado. O recorde para o mês foi registrado em 2005, quando 63.764 incêndios foram contados pelo sistema. Já o número máximo para setembro foi registrado em 2007, que teve 73.141 focos no mês.

 

*Estagiário sob a supervisão da editora-assistente Vera Schmitz 

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