Essa diferença faz parte da tendência em 2019, que vem registrando um aumento no número de incêndios na região em relação aos últimos anos. Desde o começo do ano, 47.805 focos de queimadas foram detectados pelo sistema. Isso é quase o dobro em relaão ao mesmo período de 2018, quando 23.405 focos foram registrados.
Agosto acompanhou o aumento do número de queimadas em relação aos registros históricos. O mês passado terminou com um total de 30.901 focos registrados, contra 10.421 em 2018. Ou seja, um total quase três vezes maior. Foi o maior índice para o mês em nove anos.
Agora, a tendência é de que as quase mil queimadas já catalogadas em setembro sejam apenas o começo. Desde que o Inpe começou a monitorar as queimadas na Amazônia, em julho de 1998, setembro quase sempre registrou um índice maior que o de agosto. Os dois meses normalmente são o auge do período de queimadas na Região Amazônica. A média para agosto, já superada nesse ano, é de 25.853 focos, contra 33.426 para setembro.
Mesmo com o crescimento do número de queimadas em relação aos últimos anos, o máximo de focos para agosto ficou longe de ser superado. O recorde para o mês foi registrado em 2005, quando 63.764 incêndios foram contados pelo sistema. Já o número máximo para setembro foi registrado em 2007, que teve 73.141 focos no mês.
*Estagiário sob a supervisão da editora-assistente Vera Schmitz