"É aquele carro. Eu reconheci pelo banco ser estampado", garante a adolescente de 17 anos que diz ter sido vítima de Marinesio dos Santos Olinto, 44. Após reconhecer o veículo, a menina foi recepcionada pela família. Recebeu o abraço da irmã de 18 anos e da mãe. A família aguarda para ser levada ao Departamento de Polícia Especializada (DPE) para, agora, reconhecer pessoalmente o acusado.
Mãe da adolescente, a desempregada de 42 anos confirmou o reconhecimento da filha. "Quando nós chegamos aqui na delegacia, ela disse 'mãe, é aquele carro'. Ela tem certeza. A outra vítima se desesperou lá dentro (da delegacia), chorou, assim como a minha filha", reforçou.
A mulher disse que, na véspera do reconhecimento, na quarta-feira (4/9), a filha teve de ter ajudada pela mãe para não se auto-mutilar. "Ela está sofrendo muito. Eu disse 'filha, não faça isso comigo'. Eu lembrei a ela que a dor que ela sente é a mesma que a minha", frisou.
A adolescente confirma ter sido estuprada por Marinesio em 1º de abril, quando desceu em um ponto de ônibus do Itapoã para seguir para o trabalho. O homem teria se aproximado e oferecido carona, mas a menina recusou por estar próxima à regional de ensino, onde atuava como adolescente aprendiz. Ele, então, teria a ameaçado com uma faca e a obrigado a entrar no carro.
Segundo a vítima, Marinesio a levou para uma região afastada, a estuprou e, depois, a expulsou do carro.
Casos reabertos
A Polícia Civil reabriu mais três casos de desaparecimento de mulheres no Distrito Federal na segunda-feira (2/9). De acordo com os investigadores, a forma de agir de Marinésio se enquandra no modo como as vítimas sumiram. Dois casos ocorreram em 2013 e os demais, em 2015.
O cozinheiro também é indicado como autor no desaparecimento da empregada doméstica Gisvania Pereira dos Santos, 33. A mulher sumiu em 6 de outubro do ano passado, em um posto de gasolina na BR-020, em Sobradinho. Ao prestar depoimento na Divisão de Repressão ao Sequestro (DRS), em 29 de agosto, ele negou ter praticado o crime.
A Polícia Civil também decidiu reabrir a investigação sobre a morte de Carolina Macedo Santos, 15 anos. A adolescente era amiga da filha de Marinésio e vizinha da família. Ela foi encontrada morta no Lago Paranoá, em 17 de maio de 2018, com sinais de estrangulamento. .