Três integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) causaram um motim e conseguiram fugir de um presídio levando o chefe da segurança como refém, nesta quinta-feira, 5, em Cambyretá, no Paraguai. O grupo tentava chegar a Foz do Iguaçu, no Brasil, mas acabou cercado pela polícia em Encarnación, ainda em território paraguaio. Os criminosos foram presos e o refém foi libertado após três horas de negociação.
O brasileiro Jackson da Silva de Paula, de 29 anos, foi apontado como chefe do bando. Ele participou do motim em que dez integrantes de um clã rival foram assassinados pelo PCC, em junho último.
Segundo a polícia paraguaia, os membros do PCC conseguiram armas e atacaram o setor administrativo da prisão, onde estava o chefe da segurança, Miguel Medina, tomado como refém.
Houve reação e o subchefe dos guardas, Juan Chaparro, e o agente Antônio Martinez, foram baleados. Os três criminosos, dois deles paraguaios, fugiram em um automóvel BMW levando o refém, mas o carro quebrou. Usando Medina como escudo, os fugitivos se esconderam em uma mata, onde foram cercados pelos policiais.
Após três horas de negociação, com a presença de representantes do Ministério Público, os presos se renderam e entregaram as armas - duas pistolas e uma espingarda retirada de um guarda.
Os membros da facção foram levados para celas de isolamento. O ministro do Interior, Juan Ernesto Villamayor, elogiou a atuação da polícia, por ter conseguido a libertação do refém e a prisão dos criminosos sem confronto.
Os três presos do PCC recapturados são considerados de alta periculosidade. O brasileiro Jackson foi preso em outubro por assaltos. Em junho deste ano, ele foi acusado de comandar o motim que resultou na chacina, pelo PCC, de dez integrantes do clã Rotela, na penitenciária de San Pedro del Ycuamandyú.
O paraguaio Walter Dario Ayala, de 26 anos, era o 'braço direito' do narcotraficante brasileiro Jarvis Chimenez Pavão, quando este cumpria pena na penitenciária de Tacumbu.
Quando saiu a prisão, em 2016, por ordem de Pavão, o paraguaio batizado pelo PCC organizou o atentado que matou um agente penitenciário e o filho dele, em Lambaré. Pavão foi extraditado para o Brasil em 2018.
O terceiro homem, o paraguaio Raul Leiva Piatti, de 29 anos, foi preso em 2018, acusado de assalto a caminhoneiros. Ele fugiu em 2015 quando era levado para o tribunal, após render os seguranças com um punhal, mas foi recapturado.
Em maio deste ano, interceptações telefônicas feitas pela polícia paraguaia revelaram que membros do PCC planejavam explodir a penitenciária de Cambyretá, a mesma onde aconteceu o motim. O objetivo seria resgatar dois líderes da facção presos por tráfico de drogas. O plano de resgate estava sendo articulado pelo preso René Hoftestter, paraguaio recrutado pelo PCC brasileiro. Hofstetter cumpre pena de 12 anos pelo assassinato do filho do ex-deputado Luis Felipe Villamayor.
O PCC consolidou sua presença no Paraguai nos últimos cinco anos para controlar o tráfico de drogas na fronteira com o Brasil.
Os membros presos atuam nos presídios cooptando os detentos paraguaios. Conforme o ministro do Interior, apesar da expulsão de ao menos 80 integrantes da facção brasileira nos últimos anos, cerca de 400 presos, a maioria paraguaios, seriam do PCC e controlam outros detentos nas prisões.
O brasileiro Jackson da Silva de Paula, de 29 anos, foi apontado como chefe do bando. Ele participou do motim em que dez integrantes de um clã rival foram assassinados pelo PCC, em junho último.
Segundo a polícia paraguaia, os membros do PCC conseguiram armas e atacaram o setor administrativo da prisão, onde estava o chefe da segurança, Miguel Medina, tomado como refém.
Houve reação e o subchefe dos guardas, Juan Chaparro, e o agente Antônio Martinez, foram baleados. Os três criminosos, dois deles paraguaios, fugiram em um automóvel BMW levando o refém, mas o carro quebrou. Usando Medina como escudo, os fugitivos se esconderam em uma mata, onde foram cercados pelos policiais.
Após três horas de negociação, com a presença de representantes do Ministério Público, os presos se renderam e entregaram as armas - duas pistolas e uma espingarda retirada de um guarda.
Os membros da facção foram levados para celas de isolamento. O ministro do Interior, Juan Ernesto Villamayor, elogiou a atuação da polícia, por ter conseguido a libertação do refém e a prisão dos criminosos sem confronto.
Perigosos
Os três presos do PCC recapturados são considerados de alta periculosidade. O brasileiro Jackson foi preso em outubro por assaltos. Em junho deste ano, ele foi acusado de comandar o motim que resultou na chacina, pelo PCC, de dez integrantes do clã Rotela, na penitenciária de San Pedro del Ycuamandyú.
O paraguaio Walter Dario Ayala, de 26 anos, era o 'braço direito' do narcotraficante brasileiro Jarvis Chimenez Pavão, quando este cumpria pena na penitenciária de Tacumbu.
Quando saiu a prisão, em 2016, por ordem de Pavão, o paraguaio batizado pelo PCC organizou o atentado que matou um agente penitenciário e o filho dele, em Lambaré. Pavão foi extraditado para o Brasil em 2018.
O terceiro homem, o paraguaio Raul Leiva Piatti, de 29 anos, foi preso em 2018, acusado de assalto a caminhoneiros. Ele fugiu em 2015 quando era levado para o tribunal, após render os seguranças com um punhal, mas foi recapturado.
Em maio deste ano, interceptações telefônicas feitas pela polícia paraguaia revelaram que membros do PCC planejavam explodir a penitenciária de Cambyretá, a mesma onde aconteceu o motim. O objetivo seria resgatar dois líderes da facção presos por tráfico de drogas. O plano de resgate estava sendo articulado pelo preso René Hoftestter, paraguaio recrutado pelo PCC brasileiro. Hofstetter cumpre pena de 12 anos pelo assassinato do filho do ex-deputado Luis Felipe Villamayor.
O PCC consolidou sua presença no Paraguai nos últimos cinco anos para controlar o tráfico de drogas na fronteira com o Brasil.
Os membros presos atuam nos presídios cooptando os detentos paraguaios. Conforme o ministro do Interior, apesar da expulsão de ao menos 80 integrantes da facção brasileira nos últimos anos, cerca de 400 presos, a maioria paraguaios, seriam do PCC e controlam outros detentos nas prisões.