Jornal Estado de Minas

23º feminicídio no DF: Polícia investiga assassinato de mulher

Queila Regiane das Costa Santos, 43 anos foi morta a facadas na manhã desta quinta-feira, (26/9), a facadas na área Rural da Fercal. A mãe da vítima, Maria da Costa Martins, contou que a mulher foi encontrada morta dentro de casa pela filha, uma adolescente de 13 anos. A Polícia Civil investiga o caso como feminicídio. Este é o 23º feminicídio registrado no Distrito Federal em 2019.

O principal suspeito do crime é o companheiro da vítima, com quem ela tinha duas filhas. A polícia faz busca nas ruas em busca do homem. "A minha neta gritou e eu vim correndo! Quando cheguei aqui estavam as duas (filhas da vítima) agarradas gritando. Falando que a mãe estava sangrando muito", detalhou. Ela disse que tentou socorrer a filha, mas quando chegou mais próximo percebeu que a vítima já estava sem vida.


Familiares ficaram surpresos com o crime. A mãe da vítima contou que o casal tinha mais de 20 anos de casamento e que, recentemente, há cerca de três meses, abriram um bar na região. Antes a vítima trabalhava na área de limpeza de um hospital.

Vizinhos afirmam que a mulher era muito alegre e comunicativa. Já o marido era mais calado. O caso está sendo investigado pela 35ª Delegacia de Polícia (Sobradinho). Agentes da Polícia Civil passaram a manhã no local fazendo a perícia e recolhendo provas que confirmem a autoria do crime.
Até por volta das 15h30, o companheiro de Queila não havia sido localizado.

Outros casos


A 22ª vítima de feminicídio no DF foi Graizielle Feitoza de Carvalho, 31. Agentes da 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro) investigaram o caso e descobriram que Graizielle, encontrada morta em 15 de setembro na EQNN 1/3, próximo a uma canaleta de esgoto, foi esfaqueada pelo companheiro. Três dias antes, Lillian Cristina da Silva, 25, foi assassinada dentro de casa, pelo ex-companheiro Jhonnatan Neto, 36. Ela usou uma faca e atingiu a vítima no coração.

Elas no Alvo


Em agosto passado, quando a Lei Maria da Penha completou 13 anos, o Correio publicou o especial Elas no Alvo, com relatos de mulheres vítimas de violência doméstica. No ano passado, no DF, houve 14.985 denúncias: a cada 35 minutos, uma mulher desesperada expôs detalhes de seu martírio a uma autoridade policial.

Saiba onde procurar ajuda


  • Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência

O serviço gratuito da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República serve como disque-denúncia em casos de violência contra a Mulher

Telefone: 180

  • Centro de Atendimento à Mulher (Ceam) 

Espaços de acolhimento e atendimento psicológico, social, orientação e encaminhamento jurídico 


Funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h

Locais: 102 Sul (Estação do Metrô), Ceilândia

 

  • Planaltina Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam)

Endereço: Entrequadra 204/205 Sul - Asa Sul

Telefone: 3207-6172

  •  Disque 100

O Ministério dos Direitos Humanos recebe ligações gratuitas por telefone para quem precisar fazer denúncias de violência que acabou de acontecer ou que está em curso.

Telefone: *100

  • Núcleos de Atendimento à Família e aos Autores de Violência Doméstica (Nafavds) 
Acompanhamento psicossocial às vítimas, familiares e autores Locais: Brazlândia, Gama, Núcleo Bandeirante, Paranoá, Planaltina, Samambaia, Santa Maria, Sobradinho e no Plano Piloto

  • Programa de Prevenção à Violência Doméstica (Provid) da Polícia Militar 
O serviço de acompanhamento de famílias está disponível em todos os batalhões e conta com 22 equipes Telefones: 3910-1349 / 3910-1350

 

.