A Polícia Civil de São Paulo apura suposto caso de racismo em um shopping da capital. A operadora de caixa Aline Cristina Lucas Santos, de 29 anos, fez boletim de ocorrência na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) após o filho de 11 anos ser barrado por seguranças ao tentar entrar no Bourbon Shopping São Paulo, na zona oeste, na quarta-feira.
Aline relata que o menino a acompanhava, mas precisou pegar um brinquedo que a irmã de 2 anos tinha deixado cair. Ao tentar entrar sozinho no estabelecimento, foi impedido por seguranças. "Era o meu dia de folga e aproveitei para ir ao Sesc, que é perto, e fui ao McDonald's para comer um lanche. Falei que a gente ia comprar algumas coisas no shopping e caiu um brinquedinho da neném. Como estava frio, entrei no shopping e pedi para ele voltar para pegar."
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Para Ariel de Castro Alves, advogado da família, houve discriminação. "Se ele estivesse com a mesma roupa e fosse branco, provavelmente não teria o mesmo problema, porque várias crianças com uniforme de escola entram tranquilamente desacompanhadas. Eles achavam que o menino estava ali para pedir por ser uma criança negra."
Ele disse que a família deve pedir indenização por danos morais. "A criança se deparou com racismo em um dia divertido e de curtir a folga da mãe."
Proteção
Em nota, o Bourbon disse que repudia qualquer racismo ou ato discriminatório e afirmou que "os seguranças agiram em conformidade à orientação de abordar qualquer menor de idade desacompanhado que ingresse no shopping". Segundo o shopping, a medida "visa única e exclusivamente à proteção deste público".