Jornal Estado de Minas

Laudo confirma estupro de jovem morta em SP após aceitar ajuda para troca de pneu


Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Araraquara (SP) apontou que a universitária Mariana Bazza, de 19 anos, foi estuprada antes de ser assassinada, em Bariri, interior de São Paulo. O crime aconteceu no dia 24 de setembro, depois que a jovem aceitou ajuda de Rodrigo Pereira Alves, de 37 anos, para trocar um pneu murcho do carro. A estudante foi amarrada, vendada e amordaçada antes de ser violentada. O suspeito matou Mariana asfixiada, com um pedaço da blusa dela.


Nesta quinta-feira, 10, a Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público contra Alves. Ele vai responder pelos crimes de estupro, latrocínio e ocultação do cadáver. De acordo com o MP, Alves premeditou o crime, murchando o pneu do carro para fazer a abordagem quando a jovem saísse da academia, onde ela fazia exercícios. Já no interior da chácara, onde o pneu seria trocado, a jovem foi estuprada e morta, segundo a denúncia.


O corpo de Mariana foi levado por Alves, no carro dela, até o local em que foi jogado, em um canavial, em Ibitinga, cidade vizinha. O veículo foi abandonado próximo do local. O corpo da jovem só foi encontrado no dia seguinte, após a prisão de Alves. Conforme o MP, além do carro, ele roubou o celular e uma carteira com dinheiro e documentos de Mariana.

A denúncia aponta que ele já havia cumprido pena de 16 anos de prisão pelos crimes de roubo, sequestro, extorsão e tentativa de latrocínio. Alves havia saído da prisão 30 dias antes do crime. A polícia chegou com facilidade a ele porque Mariana havia tirado uma foto de Alves com seu celular e enviado para o namorado.

Câmeras instaladas na academia e em imóveis vizinhos também ajudaram nas investigações. Alves, que teve a prisão preventiva decretada, nega ter matado Mariana. O defensor dele informou que não falaria sobre o caso devido ao sigilo decretado pela Justiça no processo.