A filha da supervisora hospitalar Luciane Pimenta Torres, de 58 anos, desapareceu no caminho da padaria, há 10 anos, quando tinha nove anos. Apesar de todo o tempo sem rever a filha, a mãe da menina jamais desistiu de procurá-la. Na última quinta-feira, Luciane foi até a Polícia Civil do Rio de Janeiro, que simulou o “envelhecimento” da garota. Atualmente ela teria 20 anos. A mãe não conteve a emoção ao ver a filha pela tela do computador.
O procedimento foi feito no Núcleo de Envelhecimento da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), com a supervisão da delegada Ellen Souto. Lá, Luciene ao ver a filha pela imagem do computador, se emocionou. “Tá linda a minha menina. O meu bebê cresceu e eu não vi nada. Por que fazem isso com a gente? Por que?”, perguntou a mãe. “Eu acho que essa é a maior violência contra a mulher. Não existe outra. Não existe”, completou.
Este processso de "envelhecimento" ajuda na divulgação de casos não solucionados pela polícia. As imagens são divulgadas pela DDPA na “aba” de “pessoas desaparecidas” da Interpol e enviadas para o serviço de inteligência de países da Europa, como: Portugal, Espanha, Itália e Suíça.
*A estagiária está sob supervisão pela subeditora Ellen Cristie.