O juiz Alexandre Rizzi, da 1ª Vara da Comarca de Santarém, mandou soltar os quatro membros da ONG Brigadas de Alter do Chão, que estavam detidos desde a quarta-feira, 26. Foram libertados Daniel Gutierrez Govino, João Victor Pereira Romano, Gustavo de Almeida Fernandes e Marcelo Aron Cwerner. Eles são ligados aos brigadistas de Alter do Chão e ao Instituto Aquífero Alter do Chão e ao Projeto Saúde e Alegria.
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Governo troca chefia de investigação
Nesta quinta-feira, 28, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), anunciou a troca do delegado que cuida do caso. A presidência do inquérito, que estava a cargo da Polícia Civil de Santarém, agora terá o comando do diretor da Delegacia Especializada em Meio Ambiente, Waldir Freire. De acordo com Barbalho, a mudança é "para que tudo seja esclarecido da forma mais rápida e transparente possível". O governador disse ainda que "ninguém está acima da lei, mas também ninguém pode ser condenado antes de esclarecer os fatos".
O Ministério Público Federal do Pará afirmou que, até o momento, não há provas que apontem ligação dos membros da ONG aos incêndios ocorridos em setembro na região. Cerca de 180 entidades ambientalistas e de direitos humanos criticaram a prisão dos brigadistas por suspeita de ligação com incêndios florestais no Pará. A WWF - organização que, segundo a Polícia Civil, teria sido vítima de desvio de verba pelo grupo suspeito - condenou "a falta de clareza" sobre a investigação. Disse ainda repudiar "ataques a seus parceiros e as mentiras envolvendo o seu nome".