O elevador que despencou do nono andar e causou a morte de quatro pessoas da mesma família em Santos, no litoral sul de São Paulo, estava com a manutenção em dia, segundo informações do vice-almirante da Marinha, Sérgio Fernando de Amaral Chaves Júnior.
De acordo com o oficial, a última vistoria da empresa Vilarta, responsável pelo equipamento, foi realizada em 23 de dezembro. Agentes da Polícia Civil fizeram perícia no local durante a madrugada e um inquérito já foi instaurado.
O acidente aconteceu às 19h30 desta segunda-feira, 30, no Edifício Tiffany, que fica na rua Guararapes, na Vila Belmiro, próximo ao estádio Urbano Caldeira, casa do Santos Futebol Clube.
Segundo as primeiras apurações, a moradora Jucelina Santos, de 47 anos, que vivia no nono andar do prédio há três anos com o marido, que é suboficial da Marinha, desceu para recepcionar a irmã, Lucineide de Souza Goes, o marido dela, Edilson Donizete, e filho do casal, Eric Miguel, de 19 anos, vindos de Santo André, no ABC Paulista, para passar o réveillon na praia.
Os quatro subiram com as bagagens pelo elevador de serviço até o nono andar, mas o equipamento caiu bruscamente até o sétimo e, logo depois, despencou até o térreo, causando a morte das quatro pessoas.
O edifício Tiffany foi construído em 1998 para ser moradia de marinheiros que trabalham na Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), tem nove andares, 54 apartamentos e dois elevadores, um social e outro de serviço.
A Defesa Civil de Santos informou que o acidente não afetou a estrutura do prédio. Segundo a prefeitura de Santos, um engenheiro da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Edificações foi ao local, acompanhado da equipe técnica da empresa que presta manutenção nos elevadores. A Vilarta está regular e tem alvará de instalação e funcionamento dos aparelhos.
Em 1° de dezembro, a empresa apresentou relatório trimestral obrigatório de regularidade, que atesta a responsabilidade técnica de manutenção preventiva realizada recentemente.
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