O ministro da Educação Abraham Weintraub disse em vídeo publicado no Twitter nesta quarta-feira (11/3), que as instituições de ensino devem se “preparar para medidas emergenciais pontuais” após o anúncio de pandemia do novo coronavírus.
Coronavírus: Neste momento, no Brasil, a prevenção é o mais importante. Não há razão alguma para pânico, mas orientamos que as instituições de ensino se planejem para a possibilidade, ainda que futura, de algumas medidas emergenciais pontuais. pic.twitter.com/YmrSfwDPce
%u2014 Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) March 11, 2020
Apesar disso, durante a audiência da Comissão Geral, na Câmara dos Deputados, feita na tarde desta quarta-feira, o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta disse que não vê a possibilidade de suspensão das aulas. Isso porque existe um potencial de risco para avós das crianças, que, por serem idosos, integram o principal grupo de risco da Covid-19.
O ministro ainda deu possíveis alternativas para as aulas presenciais. "Você manda (o conteúdo das) aulas para os alunos, disponibiliza o e-mail, o YouTube, Skype, (conexão de) internet, (tudo) pra você evitar aglomeração e evitar transmissão mais aguda do coronavírus”, explicou.
Nesse sentido, universidades, faculdades e institutos deverão adaptar seus calendários para um cenário de contingência, por exemplo, suspendendo simpósios e adiantando férias.
Entenda
Durante a manhã, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que a epidemia de COVID-19, que infectou mais de 110 mil pessoas em todo o mundo desde o final de dezembro, pode ser considerada uma 'pandemia'.
O número de casos confirmados do novo coronavírus no Brasil subiu para 37. Entre os novos casos confirmados, foram identificados um novo no Rio Grande do Sul e dois novos no Rio de Janeiro. No total, São Paulo concentra a maioria das pessoas infectadas (19), seguido de Rio de Janeiro (10), Bahia e Rio Grande do Sul (2) e Alagoas, Espírito Santo Minas Gerais e Brasília (1).
Os casos suspeitos ficaram em 876. Já os casos descartados somaram 880. A taxa de letalidade (a proporção de mortes em decorrência do vírus pelo número de casos) está em 3,4.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.