A população tem que seguir aquilo que for recomendado pelos governadores dos estados. É o que pregou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (30). Ao lado de outros ministros, como o de Infraestrutura, Casa Civil, Cidadania, entre outros, Mandetta voltou a defender o isolamento social e disse que sua pasta se baseia em critérios científicos e técnicos para combater o coronavírus (COVID-19).
Mandetta reconheceu que o sistema de saúde brasileiro apresenta muitas fragilidades e que fez recentes aquisições de equipamentos e insumos oriundos da China. Como os materiais demandam um tempo para chegar, o ministro pediu para que a população siga a determinação dos governadores dos estados, que pedem isolamento social neste momento. A medida é para não sobrecarregar centros médicos.
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“(Orientação) sempre técnica. Sempre científica. O máximo que pudermos fazer para preservarmos vidas, procurando mostrar para todos qual é a razão para agirmos assim. No momento, a gente deve manter o máximo grau de distanciamento social, para que a gente possa, dentro das regras dos estados, consolidar o sistema de saúde. Estamos recebendo equipamentos, hospitais de campanha ainda estão sendo construídos, governo federal ainda vai disponibilizar hospitais de campanha, EPIs chegarão recentemente nas secretarias, a compra que fizemos ainda tem que chegar, o plano de manejo social ainda está no caminho. Tudo isso exige que a gente não faça movimentos descoordenados e em manadas, se não teremos problemas de doenças e de crise econômica. Somos maduros e inteligentes e vamos passar por isso com o máximo de reflexão”, concluiu.
O Ministério da Saúde atualizou o boletim sobre o coronavírus (COVID-19) nesta segunda. O número de mortes pela doença chegou a 159, 23 a mais que os dados divulgados nesse domingo (29), atingindo uma taxa de letalidade de 3,5%. Ao todo, são 4.579 casos confirmados em todo o país. Apesar de alto, o índice apresentou redução pelo terceiro dia seguido.