O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, segue firme em seu discurso de que a melhor arma no combate ao coronavírus é o isolamento social. Mesmo evitando o embate direto com Jair Bolsonaro (sem partido), Mandetta reafirmou orientações que divergem do discurso do presidente da República.
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Mandetta seguiu afirmando a importância das orientações se basearem em critérios técnicos e cientítificos, evitando os achismos.
Mandetta seguiu afirmando a importância das orientações se basearem em critérios técnicos e cientítificos, evitando os achismos.
“Qualquer medida que fale em movimentação da nossa sociedade não pode deixar de olhar esse gráfico”, declarou Mandetta se referindo a dados estatísticos que demonstram que 90% dos afetados pela Covid-19 no Brasil são maiores de 60 anos.
Alheio à guerra política decorrente das divergências entre o discurso de Bolsonaro e as ações de isolamento social adotadas pelos governos estaduais, o ministro adotou a posição que lhe pareceu mais sensata.
“Por enquanto, mantenham as recomendações dos Estados. Esta é no momento a medida mais recomendável”, disse.
“Por enquanto, mantenham as recomendações dos Estados. Esta é no momento a medida mais recomendável”, disse.
Coronavírus no Brasil
O Ministério da Saúde divulgou, nesta segunda-feira, um novo balanço do coronavírus no Brasil. Segundo o órgão, já são 4.579 casos confirmados no país, com 159 mortes. Minas Gerais tem 261 ocorrências registradas da Covid-19 e um óbito, de uma mulher de 82 anos, ocorrido no Hospital Biocor, em Nova Lima, Região Metropolitana de Belo Horizonte.