A coletiva de imprensa do governo federal para tratar do boletim epidemiológico sobre o coronavírus (COVID-19) ganhou um formato diferente nesta segunda-feira (30), com a incorporação de outros ministros, além da presença do chefe da pasta de saúde, Luiz Henrique Mandetta. A entrevista previa oito perguntas, mas só cinco foram feitas. A interrupção se deu após um questionamento sobre o passeio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nesse domingo.
Após Mandetta reforçar a necessidade do isolamento social, um repórter chegou a perguntar ao corpo ministerial presente na coletiva se o que Bolsonaro fez nesse domingo foi correto. Na ocasião, o presidente quebrou o isolamento e ficou próximo da população. Após o questionamento, uma assessora informou que a coletiva havia se encerrado.
"Em função do adiantado da hora, a presente coletiva está encerrada. Os ministros se retirarão do recinto", informou.
Neste momento, ministros como o de infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, o de cidadania, Onyx Lorenzoni e o da Casa Civil, General Braga Netto, deixaram a mesa. Somente Mandetta ficou para analisar os dados do boletim epidemiológico da COVID-19 junto com seus técnicos da saúde.
Mandetta continua no cargo?
Perguntado nesta segunda se continua no cargo de ministro da saúde, Mandetta, quando iria responder, foi antecipado por Braga Netto: “Deixar claro para vocês: não existe essa ideia de demissão do ministro Mandetta. Isso aí está fora de cogitação no momento, está certo? Não existe", afirmou.
No entanto, Mandetta declarou que ‘tensões existem’ por conta do tamanho da crise, mas que resolverá tudo com base na ciência e da técnica.
“Enquanto eu estiver aqui, vou trabalhar com ciência e a técnica. Uma hora o estresse fica alto. É uma casa que hoje está todo mundo estressado por conta de um problema de todas as nações do mundo”, disse.