Jornal Estado de Minas

CORONAVÍRUS NO BRASIL

Coronavírus: Moro descarta soltura de presos em massa e nega casos confirmados no sistema

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, durante a coletiva de imprensa do governo federal desta terça-feira (31), deu um panorama sobre as ações preventivas ao coronavírus (COVID-19) nos presídios brasileiros. Moro garantiu que nenhum detento está infectado com a doença e descartou soltura de presos em massa.



O ministro afirmou que algumas ações foram tomadas para reforçar a prevenção à COVID-19 no sistema prisional, como a suspensão total de visitas desde o dia 15 de março em grande parte dos estados, ampliação do banho de sol e investimento de R$ 49 milhões na compra de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Moro também disse que a campanha de vacinação contra a H1N1 será antecipada para os presídios.

“Não existe nenhum motivo para um temor infundado para o sistema penitenciário. Não existe nenhum preso com o coronavírus. Em Bagé/RS tem uma suspeita, que é um detento que estava em prisão domiciliar”, afirmou.

Moro disse que, atualmente, o sistema prisional brasileiro abriga 752 mil detentos, 15 mil em delegacias, além de 83 mil servidores. O ministro disse que há segurança para os presos, uma vez que estão mais afastados da sociedade, pegando numeros de sistemas de outros países, como o da China, onde 800 presos foram infectados, em uma população carcerária de 1.7 milhão de pessoas, ressaltando que, no mundo inteiro, apenas um óbito foi registrado - na França.



Desta forma, Moro descartou qualquer hipótese de soltar presos em massa. O ministro é favorável a ‘solturas pontuais, relacionadas a presos em regime semiaberto, desde que não ofereçam riscos à segurança’. Durante a coletiva, Sérgio Moro recebeu uma notícia de um preso em São Leopoldo/RS que havia sido incluído no regime de prisão domiciliar. Com ele foram encontrados armas de grosso calibre, munições e 130 kg de cocaína.

“De fato, solturas de presos têm que ser muito bem avaliadas. Não pode soltar preso que tem ligação com facção para gerar risco à sociedade. A situação do indivíduo que é colocado em prisão domiciliar por causa do corona, em horas ele aparece com esses materiais. Não posso generalizar, mas casos individuais fazem a diferença”, concluiu.