Jornal Estado de Minas

CORONAVÍRUS

Mandetta avalia pontos fracos e fortes no combate à COVID-19

Durante a coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (31), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, detalhou um “mapa de condicionantes” usado pela pasta para avaliar os pontos fortes e fracos no combate ao coronavírus. Cada aspecto é avaliado com uma pontuação de um a cinco e inclui áreas de outros ministérios, como o da Justiça e Segurança Pública. O primeiro ponto que Mandetta avaliou foi a regularização do abastecimento de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), como máscaras.


“Conseguimos 300 milhões de unidades de EPIs, que é a nossa necessidade para nos abastecer por 60 dias”, afirmou. Nesse número, o ministro incluiu 100 milhões de unidades já disponíveis e mais 200 milhões encomendadas, que devem chegar em 30 dias. Mandetta ainda afirmou que o governo vai se esforçar para conseguir máscaras de TNT, que, segundo ele, já foram testadas e têm efetividade comprovada.

Zonas quentes

Mandetta também detalhou o funcionamento de um sistema de acompanhamento de dados, que indica áreas com risco de se tornarem 'zonas quentes', por exemplo. O sistema vai monitorar as pessoas do grupo de risco, a localização e com quem cada um tem contato. O ministro disse que as pessoas vão começar a receber ligações de uma inteligência artificial que fará esse tipo de questionamento.  

O ministro da Saúde também anunciou que o governo vai divulgar uma "solução muito boa" relacionada aos respiradores artificiais, utilizados na internação dos pacientes graves da COVID-19. Segundo Mandetta, um ponto fraco do mapa de condicionantes é a questão do transporte público durante a pandemia. 

Mandetta citou as pessoas em situação de rua como outro ponto fraco do sistema, e disse que o SUS atenderá a todos.

Cloroquina

O chefe da pasta também disse que será publicado em menos de 48 horas um estudo científico sobre a eficiência da substância cloroquina no tratamento da COVID-19. Segundo ele, o estudo mostra que o uso do medicamento diminui o tempo de internação em CTI, o que é útil para o cálculo da oferta de recursos hospitalares. 

“A luta é grande, de fôlego, vamos precisar ter muita paciência e resiliência”, disse Mandetta em determinado momento da coletiva.
 
* Estagiário sob supervisão da editora Liliane Corrêa