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Coronavírus: Mandetta diz que maio será 'complexo' e mostra preocupação com inverno no Sul

Ministro da Saúde chamou a atenção para a tendência de aumento nos casos de influenza, além da COVID-19, entre os meses de maio e julho


postado em 15/04/2020 18:43 / atualizado em 15/04/2020 18:50

(foto: José Dias/PR)
(foto: José Dias/PR)
O Ministério da Saúde já começa a desenhar os próximos cenários do Brasil. Nesta quarta-feira (15), o ministro Luiz Henrique Mandetta não escondeu a preocupação com os meses de maio, junho e julho, quando a incidência de casos de influenza aumenta, justamente em meio à pandemia do novo coronavírus. As regiões Sul e Sudeste são as mais críticas na visão da pasta.

De acordo com Mandetta, a região Sudeste do Brasil concentra o maior número de casos de Síndromes Agudas Respiratórias Graves, chamadas também de SRAGs. O ministro da saúde alertou que, com a queda nas temperaturas, o número de casos de influenza pode aumentar, aliada com a pandemia da COVID-19.

“Na região Sudeste, que é a maior região populacional, a sazonalidade, o período do ano, o histórico em que mais tem síndromes agudas respiratórias graves, que são as SRAGs, são exatamente no mês de maio. É quando você está entrando com ela e com o coronavírus juntos. Então isso a gente sempre soube que maio seria o mês mais complexo, pois elas se alisam, uma potencializa a outra”, disse Mandetta.

Outra preocupação do ministro da Saúde é com o Sul, onde estão concentrados o maior número de pessoas acima dos 60 anos, que fazem parte do grupo de risco do coronavírus. A região, no inverno, durante os meses de junho e julho, tem como característica o frio intenso, que pode contribuir para os casos de influenza.

“Quando chega junho e julho, temos a sazonalidade da região Sul. A região Sul do Brasil onde temos o maior número de idosos, de acordo com a nossa pirâmide de faixa etária. Então nos preocupa muito as SRAGs de Influenza e corona em estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, que têm muitas pessoas com idade acima dos 60 anos”, declarou o ministro.

Por essas e outras, Mandetta vê que o Brasil tem um desafio ainda maior em comparação com os outros países, que passaram a enfrentar a pandemia do coronavírus no fim do inverno.

“Os outros países tiveram primeiro a temporada de gripe deles, a influenza. Quando saíram dessa temporada da influenza, veio o coronavírus. É o caso de Nova York. Eles já tinham terminado o inverno, já estão na primavera, e eles estão tendo corona. O nosso, não. O nosso nós estamos no outono, entrando no inverno, e vamos ter a nossa sazonalidade de influenza e vamos tê-la junto sobreposta com a de coronavírus”, concluiu.

O Brasil contabiliza 1.736 mortes por COVID-19 e 28.320 pessoas diagnosticadas com a doença. O número em 24 horas é o mesmo registrado de segunda-feira (13) para terça-feira (14): 204. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde na tarde desta quarta-feira (15). O boletim anterior registrava 1.532 mortes e 25.262 casos confirmados, um aumento de 13% e 12%, respectivamente. A taxa de letalidade da doença no país ainda é de 6%.


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