Manifestantes contrários às medidas de restrição social organizaram, neste sábado, uma carreata na Avenida Rebouças, na área central de São Paulo. O ato travou o trânsito na via, que fica nas proximidades do Hospital do Coração, não muito distante dali.
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Brasil soma 2.347 mortes por coronavírus; confirmações sobem para 36.599Bolsonaro volta a ignorar normas de isolamento e diz que '70% da população' se contaminaráMineiros defendem diálogo entre Bolsonaro e MaiaSão Paulo: mortes por coronavírus já passam de mil; casos confirmados chegam a 14.267Datafolha: 79% dos brasileiros apoiam sanções a quem 'fura' o isolamentoNo vidro traseiro de um dos automóveis havia a inscrição “Fora, Doria”, em menção ao governador do estado, João Doria (PSDB). Segundo a Folha de S. Paulo, o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também foi alvo do protesto.
Nessa sexta-feira, Doria anunciou a prorrogação do isolamento social no estado de São Paulo até o próximo dia 10. Foi o segundo aumento no prazo das medidas de restrição em solo paulista.
Maia, por sua vez, acabou envolvido em polêmica com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Na última quinta-feira, o chefe do Executivo chegou a dizer que o presidente do Parlamento o quer fora do governo.
Governador reage
Pelo Twitter, Doria criticou as manifestações deste sábado. Ele classificou os atos como “favoráveis” à COVID-19.“Neste sábado, São Paulo chegou a 991 mortos. A doença já atingiu 225 cidades do nosso estado. No mesmo dia, algumas manifestações a favor do coronavírus surgiram como ato de sabotar o trabalho de profissionais de saúde, que continuam lutando para salvar vidas. O mundo inteiro está unido para combater a pandemia. No Brasil, alguns insistem em tratar a doença como se ela escolhesse cor partidária. São aliados da doença” disse, em tom de lamentação.
Estado com mais casos
Os dados citados por Doria compõem o mais novo boletim sobre o avanço do coronavírus no país, divulgado na tarde deste sábado pelo Ministério da Saúde. O levantamento da pasta aponta a manutenção de São Paulo no posto de estado brasileiro com mais casos confirmados e mortes por coronavírus. Por lá, a taxa de letalidade da infecção é de 7,1%.O percentual está acima da média nacional, atualmente fixada em 6,4%. O Brasil tem, ao todo 36.599 confirmações e 2.347 óbitos por conta da doença.