Jornal Estado de Minas

COVID-19

Bolsonaristas fazem carreata contra isolamento e paralisam avenida próxima a hospital em São Paulo

Manifestantes contrários às medidas de restrição social organizaram, neste sábado, uma carreata na Avenida Rebouças, na área central de São Paulo. O ato travou o trânsito na via, que fica nas proximidades do Hospital do Coração, não muito distante dali.




Em vídeo publicado no Twitter, é possível perceber diversas bandeiras do Brasil decorando os carros que integraram a carreata. Há diversos populares filmando a manifestação, enquanto participantes gritavam palavras de ordem.



No vidro traseiro de um dos automóveis havia a inscrição “Fora, Doria”, em menção ao governador do estado, João Doria (PSDB). Segundo a Folha de S. Paulo, o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também foi alvo do protesto.

Nessa sexta-feira, Doria anunciou a prorrogação do isolamento social no estado de São Paulo até o próximo dia 10. Foi o segundo aumento no prazo das medidas de restrição em solo paulista.


Maia, por sua vez, acabou envolvido em polêmica com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Na última quinta-feira, o chefe do Executivo chegou a dizer que o presidente do Parlamento o quer fora do governo.

Governador reage

Pelo Twitter, Doria criticou as manifestações deste sábado. Ele classificou os atos como “favoráveis” à COVID-19.

“Neste sábado, São Paulo chegou a 991 mortos. A doença já atingiu 225 cidades do nosso estado. No mesmo dia, algumas manifestações a favor do coronavírus surgiram como ato de sabotar o trabalho de profissionais de saúde, que continuam lutando para salvar vidas. O mundo inteiro está unido para combater a pandemia. No Brasil, alguns insistem em tratar a doença como se ela escolhesse cor partidária. São aliados da doença” disse, em tom de lamentação.

Estado com mais casos

Os dados citados por Doria compõem o mais novo boletim sobre o avanço do coronavírus no país, divulgado na tarde deste sábado pelo Ministério da Saúde. O levantamento da pasta aponta a manutenção de São Paulo no posto de estado brasileiro com mais casos confirmados e mortes por coronavírus. Por lá, a taxa de letalidade da infecção é de 7,1%.

O percentual está acima da média nacional, atualmente fixada em 6,4%. O Brasil tem, ao todo 36.599 confirmações e 2.347 óbitos por conta da doença.