O novo ministro da Saúde, Nelson Teich, concederá sua primeira entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (22), em Brasília. O mais novo membro do governo Jair Bolsonaro já fez dois pronunciamentos, um quando foi anunciado para o posto e outro quando empossado, mas nunca respondeu a questionamentos da imprensa.
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Desde que Nelson Teich assumiu o cargo, a pasta tem divulgado os boletins diários apenas por seus canais oficiais.
Questionado nos últimos dias pela falta de apresentações ao vivo, o Ministério da Saúde respondeu que "informações sobre coletivas são com o Palácio do Planalto".
Apesar de não responder sobre a ausência das entrevistas, o Planalto informou que "há previsão de coletivas do Ministério da Saúde nos próximos dias" e que "os jornalistas serão avisados sobre elas oportunamente". A promessa será cumprida nesta quarta.
Medidas
As ações da Saúde foram detalhadas por meio de um vídeo, no qual Teich afirma que a saída do distanciamento social será “progressiva, estruturada e planejada”.
No conteúdo enviado aos jornalistas, o ministro afirma que a previsão de compra de testes subiu de 23,9 milhões para 46,2 milhões, sendo que 24,2 milhões serão testes RT-PCR e os outros 22 milhões, testes rápidos. Sem dar muitos detalhes de como serão adquiridos, Teich afirmou que a medida ajudará no planejamento do fim do distanciamento social.
“Isso é muito importante para o nosso processo de usar os testes para melhor entender a doença, a evolução, e fazer um planejamento, um projeto, que já está sendo feito, para a revisão do distanciamento social”, afirmou.
Teich ainda explicou que os testes serão usados para que o ministério entenda o que está acontecendo na sociedade. “Temos que deixar claro que testes em massa não significam testar a população toda. Não estamos falando em testar o país inteiro. A gente vai usá-lo de uma forma que as pessoas testadas vão refletir a população brasileira”, esclareceu.
Outra medida informada pelo ministro no vídeo foi a assinatura de um novo contrato para compra de 3,3 mil respiradores de uma empresa brasileira.
Este é o terceiro contrato para obtenção desses equipamentos assinado com empresas nacionais. No total, a pasta fez um investimento de R$ 658,5 milhões na aquisição de 14.100 respiradores pulmonares.
“Essa combinação do diagnóstico, do tratamento e da preparação para saída do distanciamento social faz parte da estratégia da abordagem da COVID-19. Com isso, atuamos em três braços que são fundamentais: entender melhor a doença, preparar a infraestrutura para o tratamento e, com essa preparação, vamos desenhar o programa de saída progressiva, estruturada e planejada do distanciamento social”, avaliou o novo ministro. (com Correio Braziliense)