A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta quarta-feira (22), registro do primeiro produto à base de maconha no país. Trata-se de um fitofármaco que possui canabidiol e concentração inferior a 0,2% de THC, substância com efeitos psicotrópicos.
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Coronavírus: indígenas enfrentam fantasma da pandemiaMédicos do Samu de SP reclamam de sobrecarga por causa de autópsia verbalFundo Emergencial para a Saúde arrecada R$ 5 milhões em um mêsPlantações de maconha aumentam pelo Brasil e avançam pela AmazôniaA agência aprovou em dezembro de 2019 resolução para permitir registro de produtos à base de cannabis. Por pressão do governo Jair Bolsonaro, a agência reprovou à época autorização de plantio da maconha com fins medicinais e de pesquisa.
A nova resolução criou uma categoria específica para produtos à base da planta. Antes, apenas medicamentos com substâncias extraídas da cannabis poderiam ser registrados, desde que apresentassem robusto estudo clínico. Este tipo de pesquisa é caro e, segundo pessoas do setor, de difícil execução para produtos mais simples, como fitoterápicos.
O Brasil já permite a venda do medicamento Mevaty, de preço superior a R$ 2 mil no Brasil, indicado para espasticidade moderada a grave relacionada à esclerose múltipla. A expectativa com a nova regra da Anvisa é que outros produtos fiquem disponíveis na farmácia, de menor complexidade, como fitoterápicos.