O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), anunciou nesta quinta-feira, 23, o plano funerário de contingência para atender às vítimas da pandemia do novo coronavírus na cidade. De acordo com o prefeito, foi feita a liberação de crédito complementar no valor de R$ 40 milhões para o serviço funerário da cidade.
No plano elaborado pela Prefeitura de São Paulo, foram adicionados 32 novos carros funerários à frota original de 36 veículos. O município também contratou 220 coveiros e comprou 38 mil novas urnas funerárias, 15 mil sacos reforçados para o deslocamento de corpos, 3 mil equipamentos de proteção individual (EPIs) para funcionários dos cemitérios e 8 câmaras refrigeradas que podem guardar mil corpos aguardando o enterro.
Entre as medidas adotadas estão a suspensão de velórios para vítimas confirmadas do novo coronavírus e a abertura de 13 mil novas valas. De acordo com o prefeito, a capacidade de sepultamento do serviço funerário do município passará de 240 corpos por dia para 400 corpos.
Covas afirmou que caso seja necessário, o serviço funerário também poderá passar a funcionar 24 horas por dia. "O que a prefeitura não pode é não estar preparada para um cenário de maior dificuldade", disse Covas. Segundo o prefeito, Brasilândia (na zona Norte da capital), Sapopemba (zona Leste) e Capela do Socorro (zona Sul) são os bairros que apresentam "quantidade grande de óbitos".
Para Covas, a demanda do serviço funerário vai depender "do quanto as pessoas estão aderindo à quarentena e colaborando com o poder público". "Tomara que a população colabore e nós não tenhamos que utilizar toda essa estrutura", reforçou. "Cabe à população ficar dentro de casa para que a gente melhore esse índice (de isolamento), hoje, em 48%".
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