O Brasil encerrou esta semana com um número assustador de óbitos COVID-19. Somente entre o domingo (26/04) e este sábado (02/05) o país acumulou 2.734 mortes, o que contribui para a semana ser a pior desde a chegada do novo coronavírus, em 26 de fevereiro. O país já ultrapassou a China, marco zero da doença, em pessoas infectadas e mortos. Dados do Ministério da Saúde divulgados na noite deste sábado revelaram que o total de pacientes que não resistiram ao vírus no Brasil agora somam 6.750 óbitos desde o início da pandemia, sendo que há 96.559 casos confirmados.
São Paulo segue como o estado com maior número de casos, são 31.174 pessoas identificadas com a doença e 2.586 óbitos. O Rio de Janeiro registra 971 mortos neste sábado e 10.546 contaminações. Em seguida, o Ceará tem 8.309 contaminados e 638 mortes; Pernambuco registra 628 mortos e 8.145 casos; e Amazonas possui 8.145 casos e 501 mortes.
O recorde de mortes registradas em apenas 24 horas no Brasil ocorreu na última terça-feira (28), quando houve 474 novas vítimas, segundo o Ministério da Saúde, mesmo dia em que o país ultrapassou a China em número total de mortes.
Os números de óbitos em 24 horas tiveram uma escalada nesta semana. No domingo (26/04) foram 189 casos. Porém, na segunda-feira (27/04), os resultados já apontavam uma mudança de patamar, com 338 óbitos. Na quarta-feira (29/04), 449 mortes. Na quinta-feira (30/04), foram 435. Na sexta-feira (1º/05), 428 e, neste sábado (2/05), (421).
Ministro muda de tom
No último dia 23, ao analisar os dados do balanço nacional, o ministro da Saúde, Nelson Teich, chegou a afirmar que ainda não era possível dizer que a alta era uma tendência. No entendimento de Teich, os dados poderiam significar “um esforço de fechar os diagnósticos” das mortes por COVID-19. O ministro diz que será necessário observar os números dos dois próximos dias para precisar o motivo da alta nas mortes.
O @minsaude atualiza a situação do #coronavirus no Brasil - 02/05:
%u2014 Ministério da Saúde (@minsaude) May 2, 2020
%u25B6%uFE0F 96.559 casos confirmados
%u25B6%uFE0F 6.750 óbitos
%u25B6%uFE0F 48.872 em acompanhamento
%u25B6%uFE0F 40.937 recuperados
%u25B6%uFE0F 1.330 óbitos em investigação
Confira mais informações na plataforma: https://t.co/fIH1TRftNx#COVID19 pic.twitter.com/ITmCDQ3a3T
No entanto, uma semana depois, o ministro admitiu o agravamento da pandemiadurante a apresentação dos dados nacionais do vírus Sars-CoV-2 e não descartou que Brasil possa atingir a marca de 1 mil mortes em 24 horas.
O governo federal admite que há uma grande subnotificação de casos de óbitos e de contaminações, mas evita fazer projeções do número real. Estados como São Paulo já chegaram a falar em um volume até nove vezes superior ao número oficial.