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Estado de Minas HOSTILIDADE

Apoiadores de Bolsonaro que agrediram enfermeiros em Brasília serão processados

Agressores empurraram e gritaram com profissionais da saúde que faziam uma manifestação no Dia do Trabalhador


02/05/2020 20:29

Homem chegou a empurrar uma das enfermeiras(foto: Reprodução Twitter @fabiofelixdf)
Homem chegou a empurrar uma das enfermeiras (foto: Reprodução Twitter @fabiofelixdf)
O Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF) informou que identificou três pessoas envolvidas na agressão aos profissionais de saúde que protestavam, na última sexta-feira (1º), na Praça dos Três Poderes, em Brasília, e que todos serão processados. Ao todo, 60 enfermeiros participaram do protesto.

De acordo com o Coren-DF, uma das pessoas envolvidas na agressão publicou um vídeo nas redes sociais dizendo que o protesto dos enfermeiros era ‘fake news’. Quem produziu o material afirmou que moradores de rua foram abordados e convencidos a usar jalecos brancos. O vídeo foi apagado quando já ultrapassava a marca de 20 mil visualizações.

“A ignorância e a violência perpetrada contra a Enfermagem do Distrito Federal, em pleno Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, não ficará impune, será respondida judicialmente, para que não mais se repita”, disse o Coren-DF, em nota. O órgão também informou que juntou todo o material comprobatório para ser anexado ao processo.

Agressões

Durante o ato dos 60 enfermeiros, em memória aos 55 profissionais de saúde que faleceram na linha de frente do combate ao coronavírus, um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se aproximou da manifestação hostilizando os participantes do protesto silencioso.

Durante o ato, um homem foi filmado hostilizando os enfermeiros. Vestido com uma camisa amarela estampada em verde com a frase “meu partido é o Brasil”, lema dos apoiadores de Bolsonaro, o homem gritava com os trabalhadores da saúde e precisou ser contido.

Visivelmente alterado, o homem, ainda não identificado, chegou a empurrar uma das enfermeiras e chamar outra de “medíocre”. “Põe o dedo em mim!”, gritava.



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