No auge da pandemia do novo coronavírus, grupos que se identificam como católicos estão usando as redes sociais para pedir a volta das missas nas igrejas. As celebrações presenciais estão suspensas desde o início de março, em atendimento às regras de isolamento social editadas pelo Ministério da Saúde e acatadas pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
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Doria pede a líderes de igrejas que façam cultos e encontros virtualmenteCom novo coronavírus, igrejas já começam a mudar rotinaCom avanço do coronavírus, semana santa será celebrada a distânciaO padre Junior Vasconcelos do Amaral, da Paróquia de Nossa Senhora do Guadalupe, em Belo Horizonte (MG), reagiu, pedindo prudência aos fiéis. "Não repliquem tais notícias tendenciosas, sem antes refletir as circunstâncias atuais que estamos vivendo. A vida é dom de Deus e merece ser preservada", postou na internet.
Recuos
Os grupos que defendem a volta das missas citam que a Arquidiocese de Florianópolis (SC) liberou a volta dos fiéis às igrejas. No dia 21, o arcebispo d. Wilson Tadeu Jönck publicou recomendação para que as missas e outras celebrações fossem retomadas, com lotação máxima de 30% da capacidade de cada templo. Foi proposto que os fiéis usassem máscaras e guardassem distância de 1,5 metro. Na quarta, porém, em carta aos fiéis, d. Wilson revisou sua posição anterior.Na terça-feira, a Arquidiocese de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, publicou decreto permitindo a reabertura das igrejas para as orações dos fiéis, sem a celebração de missas. A medida havia se baseado em decreto da prefeitura, que acabou suspenso pela Justiça. No dia seguinte, o arcebispo d. Moacir Silva publicou novo decreto, anulando o anterior.
Sem se referir ao movimento pela volta das missas, a CNBB reforçou a necessidade de manter o isolamento social pelo crescimento dos casos e mortes pela covid-19. "Recomendamos atenção e consideração irrestrita às orientações dos especialistas de saúde e autoridades competentes. As indicações sobre o modo como celebrar a fé cabem aos bispos de cada diocese. Todas as normas visam à proteção das pessoas, buscando evitar a contaminação e preservar a vida", informou.