Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

Obesidade aumenta riscos de agravamento do novo coronavírus


O Brasil tem mais um motivo para se preocupar com o avanço da COVID-19 por todo o país. Isso porque a obesidade é considerada um alto fator de risco para complicações graves da doença e, segundo pesquisa do Ministério da Saúde, publicada no ano passado, 20% da população brasileira é obesa, 24% da população tem hipertensão e mais de 7% está diabética



Conforme estudos divulgados pela World Obesity Society (Sociedade Mundial de Obesidade), a obesidade em si não seria um risco a se considerar em meio à pandemia. O problema é que, geralmente, as pessoas obesas tendem a sofrer de insuficiência respiratória e possuem um sistema imunológico mais deficiente, quando comparado com pessoas mais saudáveis.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, estima-se que o excesso de peso e a obesidade afetam um terço da população mundial e isso torna-se um problema ainda maior no cenário da pandemia.

A partir de uma análise feita pela World Obesity Society, as pessoas com obesidade são consideradas grupos de maior propensão a contrair o vírus. Os resultados relatam que da totalidade de pacientes que vieram a óbito em decorrência do novo coronavírus, 25% eram obesos. %u2800



Uma outra pesquisa divulgada pela sociedade científica e realizada na França também aponta uma tendência de pacientes obesos. De 124 pessoas hospitalizadas com COVID-19 em um hospital francês, 47,6% tinham Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 30 quilos por metro ao quadrado, o que é considerado obeso. Além disso, 28,2% dos pacientes apresentaram IMC acima de 35, atingido ao conceito de obesidade grave.

Ainda na pesquisa francesa, 85,7% dos pacientes que necessitaram de ventilação mecânica invasiva tinham IMC superior a 35 kg/mg².

De acordo com a nutricionista Luanna Caramalac, o importante é ficar mais atento durante o isolamento social, já que o menor índice de atividade físicas e tensões emocionais fazem com que o obeso possa ter convulsividade alimentar. Além disso, o consumo de ultraprocessados cresceu consideravelmente no último mês, principalmente pelo maior prazo de validade, além de serem mais fáceis de estocar. “O ideal nesta época é ter uma alimentação saudável e cuidar do corpo para manter o peso dentro de casa.