Jornal Estado de Minas

CORONAVÍRUS NO BRASIL

Em 24h, mortes por Covid-19 superam óbitos de 2019 por dengue, zika e chikungunya


O numero de registros de mortes por COVID-19 das últimas 24 horas é maior do que o total de óbitos causados por dengue, zika e chikungunya em todo o ano de 2019.





De acordo com balanço do Ministério da Saúde, foram 881 vítimas fatais do coronavírus confirmadas nas últimas 24 horas, um novo recorde desde o início da pandemia. O total de casos no Brasil é de 12.400.

Segundo a pasta, a dengue matou 782 pessoas no Brasil em 2019. A chikungunya matou 92 pessoas, enquanto a zika causou três óbitos no ano passado.

Subnotificação

O número real de mortes por COVID-19 no Brasil pode ser superior à divulgada pelo Ministério da Saúde. Vários indícios sobre os óbitos no país desde o início da pandemia levam a essa hipótese, como o aumento do número de registros de óbitos e de internações por síndromes respiratórias, elevação do fluxo de enterros em algumas cidades (como São Paulo e Manaus), entre outros.





Em Minas, os “baixos” índices de doentes e mortos pela COVID-19 estão defasados pelo grande volume de diagnósticos pendentes. Por meio da compilação de bases de dados oficiais, a reportagem do Estado de Minas identificou que o volume de resultados “a confirmar” em Minas é dos maiores do Brasil, fato endossado por especialistas e que engrossa a subnotificação de registros de contaminação e morte por coronavírus, bem como os descartados. 

Pelas informações transmitidas pela Secretaria de Estado de Saúde  ao Ministério da Saúde, Minas seria o quarto estado com menos mortes proporcionais à população e um dos que menos doentes apresenta. Mas, quando esse número é confrontado pelo ritmo de diagnósticos de casos pendentes, a confiança estatística e o desempenho estadual despencam.